A doença que tem afetado as prestações musicais de Justin Timberlake

Depois de várias críticas, o artista aproveitou as redes sociais para falar da doença que tem afetado as suas prestações musicais. Conheça a doença de Lyme, os sintomas e como prevenir.

Justin Timberlake

© Lyvans Boolaky/WireImage/Getty Images

Adriano Guerreiro
31/07/2025 22:13 ‧ ontem por Adriano Guerreiro

Lifestyle

Doença de Lyme

Nos últimos concertos, Justin Timberlake tem dado palco ao público para cantar em vez dele em vários momentos dos espectáculos. Esta ação tem gerado várias críticas nas redes sociais o que levou o artista a falar da condição que o tem vindo a afetar: a doença de Lyme.

 

"Tenho lutado contra alguns problemas de saúde e fui diagnosticado com a doença de Lyme — não digo isto para que tenham pena de mim —, mas para esclarecer o que tenho enfrentado nos bastidores. [...] conviver com isto pode ser implacavelmente debilitante, tanto mental quanto fisicamente", justificou-se num desabafo nas redes sociais.

O que é a doença de Lyme, quais os sintomas, as consequências e como prevenir? O Lifestyle ao Minuto entrevistou em 2023 a dermatologista Ana Moreira, da Allure Clinic, no Porto, sobre esta condição que afeta Justin Timberlake e outras celebridades.

"É uma doença infecciosa, não contagiosa. As suas manifestações iniciais são dermatológicas e são capazes de evoluir para problemas crónicos em órgãos como o sistema nervoso central ou o coração", começou por dizer.

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Revelou que a causa é a mordida de carraça, do género Ixodes. "Ocorre em zonas de clima temperado, em florestas e matas húmidas. Esta carraça transmite as bactérias Borrelia burgdorferi, Borrelia mayonii, Borrelia afzelii ou Borrelia garinii, sendo as duas últimas mais comuns na Europa."

Explicou que para que a infeção aconteça é necessário que a carraça fique a alimentar-se da pele das pessoas durante cerca de 24 horas. Se for removida antes dessa hora poderá não levar ao desenvolvimento da doença.

O eritema migrans, uma mancha arredondada e avermelhada na zona da mordida, é um dos sintomas mais comuns. Contudo, pode acabar por desenvolver outro tipo de sintomas. “Nas semanas seguintes pode também desenvolver-se: febre, fadiga, cefaleias, dores musculares e nas articulações e aumento dos gânglios linfáticos.”

Se for tratada de imediato, não existem riscos. O problema está em não existir o tratamento adequado, o que pode levar a problemas nos meses e até anos seguintes.

“Pode afetar outros órgãos, como o coração e o sistema nervoso central, e levar a outros sintomas e complicações, como a meningite assética, nevrite craniana, encefalomielite, meningoencefalite, radiculopatias, bloqueio auriculoventricular ou miocardite”, revelou a especialista.

Como forma de prevenir a doença, deve cobrir o máximo de superfície do corpo. “A roupa deve ser clara, o que ajuda a localizar eventuais carraças, e deve ser aplicado repelente de mosquitos e carraças por todo o corpo e também na roupa e no calçado.”

Se estiver em zonas de risco, deverá ter o cuidado de ao final do dia analisar o corpo para tentar encontrar qualquer carraça. É mais comum acontecer nos períodos de primavera e dos meses frios.

E em Portugal, é uma doença comum? "Em Portugal há uma escassez de dados epidemiológicos, contudo alguns trabalhos sugerem uma crescente importância desta patologia, em particular nas regiões norte e centro do país. Estima-se que na Europa ocorram cerca de 65 mil casos anualmente."

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