"Queremos que viva a vida". Mãe de refém do Hamas mantém "esperança"

Alon Ohel foi sequestrado pelo Hamas no 7 de Outubro, e mais de 600 dias depois, a mãe afirma ainda ter "fé e esperança. Para além de querer que o filho "regresse a casa", esta mulher destaca ainda o papel de Donald Trump no processo da libertação dos reféns.

Alon Ohel, refém Hamas

© Reprodução X/ Lioness

Notícias ao Minuto
02/07/2025 23:33 ‧ há 11 horas por Notícias ao Minuto

Mundo

Médio Oriente

A mãe de Alon Ohel, refém que se encontra em cativeiro na Faixa de Gaza há mais de 630 dias, revelou que ainda mantém a "fé e esperança" de que o filho regresse a Israel e para junto da família. 

 

"O Alon e os outros reféns precisam de nós para fazermos de tudo para que regressem para junto de nós", disse Idit Ohel, citada pela publicação The Times of Israel, acrescentando que "é um momento perturbador" e que "parece que há alguma janela de oportunidade".

"Temos que manter a fé e a esperança. Isto não acabou até que os vejamos em casa", continuou.

Já numa entrevista à ABC News, questionada sobre o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ter dito que a libertação dos reféns é uma prioridade, a mulher respondeu que ao sabê-lo, sente-se. Apontou ainda que o filho "é tudo" para ela e que quer que volte a casa.

Idit Ohel notou ainda que o filho se encontra esfomeado e preso nos túneis há mais de 630 dias, tendo ressalvado ainda o compromisso de Donald Trump e Benjamin Netanyahu em quererem chegar a um acordo para acabar com a guerra, assim como quererem a libertação dos reféns é algo "importante". 

A mãe do refém disse que o filho está ferido num dos olhos e que nunca recebeu qualquer tipo de cuidado médico desde 7 de outubro de 2023: "Preciso que regresse a casa, que receba a assistência médica necessária para que não fique cego. Queremos que viva a vida".

Idit partilhou ainda que recebeu informações acerca do filho e do seu estado de saúde através de ex-reféns e que é por isso que sabe que Alon ainda está preso nos túneis e que tem ferimentos na vista.

"Todos queremos que ele volte para casa e queremos certificar-nos que ele regressa a casa em breve. Eu sei que o presidente Trump está a fazer muito ao ajudar que os reféns regressem, assim como a sua equipa. Eles têm coração", afirmou.

De recordar que, na terça-feira, Donald Trump anunciou que Israel "concordou com as condições necessárias para finalizar o cessar-fogo de 60 dias" na Faixa de Gaza.

"Os meus representantes tiveram hoje uma longa e produtiva reunião com os israelitas sobre Gaza. Israel concordou com as condições necessárias para finalizar o cessar-fogo de 60 dias, durante o qual trabalharemos com todas as partes para pôr fim à guerra", escreveu o presidente norte-americano na sua rede social, a Truth Social.

Trump diz que Israel aceitou

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O presidente dos Estados Unidos adiantou que Israel "concordou com as condições necessárias para finalizar o cessar-fogo de 60 dias" na Faixa de Gaza e deixou um aviso ao Hamas.

Márcia Guímaro Rodrigues com Lusa | 23:48 - 01/07/2025

Já esta quarta-feira, o Hamas manifestou-se hoje disponível para um acordo com Israel que leve ao fim da guerra em Gaza, mas sem aceitar uma proposta norte-americana para uma trégua imediata de 60 dias.

Note-se ainda que entre 19 de janeiro e 17 de março decorreu uma trégua entre Israel e o Hamas, tendo sido libertados 33 reféns, incluindo oito mortos. Em troca, foram libertados palestinianos presos em Israel.

Já em maio, foi libertado o refém israelo-americano Edan Alexander após 19 meses detido na Faixa de Gaza.

Refém libertado pelo Hamas diz estar bem, mas fraco

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Segundo um comunicado do gabinete de Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel transmitiu-lhe, na conversa, que a população israelita está "muito feliz" com a sua libertação.

Lusa | 13:33 - 13/05/2025

A guerra em Gaza eclodiu após um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, provocando a morte de mais de 1.400 pessoas, além de 220 sequestradas. Israel respondeu com bombardeamentos e incursões terrestres na Faixa de Gaza, que é controlada pelo Hamas.

Das 251 pessoas raptadas em Israel durante o ataque, 57 continuam detidas em Gaza, 34 das quais foram declaradas mortas pelo exército israelita.

O Hamas mantém também os restos mortais de um soldado israelita morto durante uma guerra anterior em Gaza, em 2014.

Leia Também: Ministros de Netanyahu pedem anexação da Cisjordânia ainda este mês

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