Trata-se de "um passo pragmático, de bom senso", que implica "avaliar que munições [os Estados Unidos] estão a enviar e para onde", afirmou à imprensa, segundo a agência de notícias espanhola Europa Press.
Parnell recordou que os Estados Unidos atribuíram ajuda no valor de 66.000 milhões de dólares (cerca de 56.000 milhões de euros) à Ucrânia desde o início de 2022, quando o país foi invadido pela Rússia.
O porta-voz justificou a revisão para garantir que qualquer eventual ajuda respeite as "prioridades de defesa" dos Estados Unidos.
Parnell recusou entrar em detalhes sobre os pacotes que poderão ser afetados no caso ucraniano, mas, de acordo com a imprensa, a ajuda em suspenso inclui mísseis e projéteis de defesa antiaérea.
O anúncio, na terça-feira, sobre a redução do fornecimento de armas norte-americanas à Ucrânia foi saudado por Moscovo e causou apreensão em Kiev, que tem sofrido nas últimas semanas vagas de bombardeamentos russos.
O Ministério da Defesa ucraniano disse na quarta-feira que Kiev não tinha recebido qualquer notificação oficial sobre a suspensão ou revisão dos calendários de entrega da ajuda militar acordada.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que a Ucrânia e os Estados Unidos estavam "a esclarecer todos os pormenores relativos ao fornecimento de apoio à defesa, incluindo componentes de defesa aérea".
O chefe da diplomacia ucraniana, Andriy Sybiga, anunciou, também na quarta-feira, que a Ucrânia estava pronta para "comprar ou alugar" defesas antiaéreas para fazer face ao "grande número de 'drones', bombas e mísseis" lançados pela Rússia contra o país.
A guerra, desencadeada pela invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022, já causou dezenas de milhares de mortos civis e militares de ambos os lados, de acordo com várias fontes.
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