"A parte russa salientou a importância de resolver todas as questões litigiosas, divergências e situações conflituosas exclusivamente por meios políticos e diplomáticos", declarou aos jornalistas Yuri Ushakov, conselheiro diplomático de Putin.
Os dois presidentes "confirmaram o seu interesse mútuo na implementação de uma série de projetos económicos promissores, nomeadamente nas áreas da energia e da investigação espacial", acrescentou, dando conta de uma conversa de cerca de uma hora entre Putin e Trump.
Segundo Ushakov, os dois chefes de Estado abordaram em profundidade a situação em torno do programa nuclear iraniano e da Síria.
"A parte russa destacou a importância da resolução de questões problemáticas e conflituosas exclusivamente por meios políticos e diplomáticos", indicou.
Na mesma conversa, segundo o Kremlin, Putin felicitou Trump pelo Dia da Independência dos Estados Unidos, que se comemora na sexta-feira, e pela aprovação do controverso grande plano fiscal pelo Senado, segundo informou o Kremlin.
"Vladimir Putin desejou a Donald Trump sucesso nas mudanças que se propõe" depois de o presidente norte-americano o ter informado da "aprovação bem-sucedida" no Senado dos EUA do projeto de plano fiscal e orçamental, disse Yuri Ushakov.
O representante do Kremlin lembrou que Trump batizou esta norma, que visa prolongar os cortes orçamentais do seu primeiro mandato (2017-2021), como "o grande e belo projeto de lei".
Além disso, salientou que durante esta conversa que durou apenas uma hora --- a mais curta das realizadas este ano --- Putin felicitou Trump pelo Dia da Independência, que será celebrado esta sexta-feira.
"Da nossa parte, destacou-se que a Rússia teve um papel importante na criação dos Estados Unidos, tanto durante a Guerra da Independência, há 250 anos, como durante a Guerra Civil, que terminou há 160 anos", disse Ushakov.
O conselheiro diplomático do Kremlin lembrou que a Rússia e os EUA não foram apenas aliados na primeira e segunda guerras mundiais, mas que as suas relações "têm raízes profundas".
O Senado dos Estados Unidos aprovou na terça-feira, por um voto, o plano de Trump, que agora é devolvido à câmara baixa do Congresso para revisão e votação final, com o presidente a pressionar para que lhe seja submetido, para assinatura, antes do 4 de Julho.
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