O corpo da brasileira Juliana Marins, que foi encontrada morta quatro dias após ter caído durante uma caminhada no vulcão Rinjani, em Lombok, na Indonésia, chegou ao Brasil, esta terça-feira. A jovem foi resgatada sem vida na terça-feira, dia 24 de junho.
De acordo com o site brasileiro G1, o corpo foi transportado pela companhia aérea Emirates Airlines, que aterrou no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, pelas 17h00 locais (21h00, em Portugal).
A transladação do corpo da jovem para o Rio de Janeiro foi feita pela Força Aérea Brasileira, estando a aterragem prevista para as 18h30 locais.
A jovem será sepultada na sua cidade natal, em Niterói.
Recorde-se que, durante esta semana, a irmã de Juliana, Mariana Marins, tinha partilhado que estavam a ter dificuldades na transladação do corpo da jovem da Indonésia para o Brasil, tendo criticado a Emirates por "não querer confirmar o voo".
O mesmo meio adianta ainda que deverá ser realizada uma nova autópsia no Instituto de Medicina Legal, no Brasil e que o exame necroscópico deverá ser realizado até seis horas após o desembarque para que sejam preservadas eventuais evidências sobre as circunstâncias da morte.
De recordar que a família de Juliana Marins revelou que pediu à justiça brasileira uma "nova autópsia" ao corpo da jovem para "entender melhor o que aconteceu".
"Infelizmente, convivemos com descaso do início ao fim desde o acidente. Nosso objetivo é apenas entender se tem algo que passou batido ou foi mal interpretado na primeira autópsia", disse a irmã de Juliana, Mariana Marins.
Note-se que o corpo de Juliana Marins foi autopsiado na Indonésia e os resultados apontaram como causa da morte ferimentos, que provocaram danos nos órgãos internos e hemorragias.
Após ter caído, a turista brasileira esperou durante quatro dias pelo resgate, "sem água, comida e agasalhos". A família da jovem chegou a acusar as autoridades indonésias de "não agilizar o processo de resgate". Por sua vez, a equipa de resgate e salvamento reconheceu que em causa estava uma operação "extrema e desafiante".
Juliana Marins tinha sido vista pela última vez pelas 17h00 locais (10h00 em Lisboa) de sábado, 21 de junho, por um drone de outros turistas. Nas imagens aparecia sentada após a queda, mas quando as equipas chegaram ao local já não a encontraram.
A jovem, de 26 anos, é formada em Publicidade pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Há alguns meses decidiu embarcar numa aventura sozinha pela Ásia, passando pelas Filipinas, Vietname, Tailândia e Indonésia - onde chegou no final de fevereiro.
Durante o seu 'mochilão' pelo país asiático, Marins decidiu contratar uma empresa local de turismo para fazer a subida até ao vulcão Rinjani, conta a revista Exame. No entanto, acabou por sofrer uma queda quando fazia um passeio junto a um lago com outras 12 pessoas.
Juliana Marins terá ficado sozinha na caminhada após queixar-se de cansaço e o seu guia turístico foi acusado pela imprensa local de a ter abandonado. No entanto, o homem garantiu que "esperaria à frente" por ela.
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