Áustria anuncia deportação de criminoso sírio (1.ª na UE em vários anos)

O governo austríaco, que não realizava uma deportação deste género há cerca de 15 anos, comentou, ainda a respeito deste caso, que está a "liderar o caminho na Europa".

Gerhard Karner

© ERWIN SCHERIAU/APA/AFP via Getty Images

Lusa
03/07/2025 16:19 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Síria

A Áustria expulsou um criminoso sírio para o seu país de origem, sendo a primeira deportação do género na União Europeia nos últimos anos, anunciou hoje o Ministério do Interior austríaco.

 

Esta decisão "faz parte de uma política de asilo rigorosa e, por isso, justa", afirmou o ministro Gerhard Karner num comunicado enviado à agência France-Presse (AFP).

"Isto envia um forte sinal de que a Áustria deporta sistematicamente criminosos condenados, agora também para a Síria. Continuaremos neste caminho com determinação e rigor", acrescentou.

O governo austríaco, que não realizava uma deportação deste género há cerca de 15 anos, comentou, ainda a respeito deste caso, que está a "liderar o caminho na Europa".

De acordo com relatos na imprensa internacional, o cidadão em causa perdeu o seu estatuto de refugiado em 2019, devido aos seus antecedentes criminais e a deportação foi planeada nos últimos dias em acordo com as autoridades sírias.

Karner viajou para Damasco no final de abril com o homólogo alemão para discutir o regresso dos refugiados com as novas autoridades sírias, ao fim de quase 14 anos de guerra civil, e analisar formas de reforçar a cooperação em matéria de segurança.

Após a queda do ex-Presidente Bashar al-Assad, em dezembro de 2024, o debate sobre o acolhimento de sírios ressurgiu na Europa, com vários Estados a anunciarem o congelamento dos procedimentos de pedido de asilo entre o forte crescimento eleitoral dos partidos de extrema-direita.

A Áustria, que alberga quase cem mil sírios, foi mais longe e iniciou a revogação do estatuto de cerca de 2.900 refugiados e suspendeu os procedimentos de reagrupamento familiar, uma medida que o novo executivo, liderado por um chanceler conservador, quer alargar a todas as nacionalidades.

O país está sob pressão do partido nacionalista FPO, que se encontra na oposição, apesar de ter vencido as últimas legislativas com uma agenda contra a imigração e política de asilo.

As autoridades de Viena chegaram a oferecer mil euros aos sírios que aceitassem regressar a casa, no seguimento do golpe militar que depôs o regime autoritário de Al-Assad e que colocou no poder os líderes do movimento rebelde de inspiração islamita HTS.

Até ao momento, apenas 350 sírios regressaram voluntariamente desde o final de 2024, em comparação com um total de 200 em 2023 e 2024, segundo dados oficiais.

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