Pouco antes da queda, houve corte de combustível no avião da Air India

A queda de um avião da Air India em junho matou 270 pessoas - depois de a aeronave descolar de Ahmedabad, com destino a Londres. Primeiras informações dão conta de que ambos os motores foram desligados.

air india acidente

© Saurabh Sirohiya/NurPhoto via Getty Images

Notícias ao Minuto
11/07/2025 22:46 ‧ há 6 horas por Notícias ao Minuto

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Air India

O avião que se despenhou no mês passado na Índia, matando 270 pessoas (algumas das quais estavam no local onde a aeronave se despenhou), sofreu um corte de combustível dos motores, três segundos após descolar de Ahmedabad.

 

A informação é revelada esta sexta-feira, e consta de um relatório preliminar consultado pela Reuters.

De acordo com a agência de notícias, o 'corte' aconteceu três segundos após a descolagem, tendo começado a aeronave a perder força e propulsão

Segundo a Reuters, um dos pilotos do Boeing 787 Dreamliner pergunta ao outro por que razão é que ele tinha cortado o combustível. "O outro piloto respondeu que não o tinha feito", lê-se no relatório.

A comunicação não identifica qual dos pilotos fez a questão, nem qual transmitiu o alerta 'Mayday', usado em situações de emergência.

Os resultados não indicam também como é que o interruptor de controlo de combustível pode ter passado para a posição de corte no voo, que tinha destino a Londres.

Citado pela Reuters, o especialista em aviação norte-americano John Cox aponta que esse corte não se pode dar de forma acidental: "Não se pode tocar neles e eles moverem-se", referiu.

Segundo o que explica a agência de notícias, dar este passo significa que se 'corta' quase de imediato os motores, sendo este um passo usado mais frequentemente quando uma aeronave chega à porta do aeroporto e em determinadas situações de emergência, como um incêndio no motor. As primeiras informações não indicam que tenha havido qualquer emergência que posso ter possibilitado a necessidade de ativar esta ação.

A Air India, a Boeing e a GE Aviation não responderam de imediato aos pedidos de comentário da Reuters.

Recorde-se que o acidente aéreo aconteceu a 12 de junho e foi considerado um dos piores desastres dos últimos tempos. A aeronave despenhou-se cerca de um minuto depois de ter descolado.

Desta tragédia, apenas um passageiro sobreviveu, numa situação que foi descrita como um milagre. O homem conseguiu sair pelo seu próprio pé.

O passageiro, de nacionalidade britânica, que viajava com o irmão, estava sentado junto a uma saída de emergência na parte da frente do avião.

A Autoridade da Aviação Civil indiana também já ordenou uma inspeção a outros 33 Boeing 787 ao serviço na frota da Air India "por precaução".

Este foi ainda o primeiro acidente num Boeing 787 Dreamliner, um modelo de avião que funciona desde 2011 e existem mais de mil aparelhos deste modelo em todo o mundo, que é usado pelas principais companhias aéreas à escala global.

Este acidente aumentou ainda a pressão sobre a Boeing, que tem enfrentado um escrutínio significativo nos últimos anos devido a uma série de problemas de produção e preocupações de segurança.

Os mais notáveis são os dois grandes acidentes que se deveram a falhas nos aviões 737 Max da Boeing, na Indonésia e na Etiópia, em 2018 e 2019. Este modelo foi retirado de serviço durante quase um ano, antes de ser relançado e voltar a ser utilizado em larga escala.

[Notícia atualizada às 23h13]

Leia Também: Air India suspende voos para Médio Oriente, América do Norte e Europa

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