"Maléfica". Trump não gosta de pergunta e 'atira' contra jornalista

Trump irritou-se com um jornalista após ser questionado sobre se os alertas de inundações no Texas. Um vídeo do momento foi divulgado nas redes sociais e já se está a tornar viral.

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© Chip Somodevilla/Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
12/07/2025 08:27 ‧ há 6 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a protagonizar um momento insólito, esta sexta-feira. Uma semana depois das trágicas inundações no estado do Texas, onde morreram mais de 100 pessoas, o chefe de Estado norte-americano não gostou de ser questionado sobre se terão sido atempados os alertas, acabando por se irritar com um jornalista. 

 

Trump deslocou-se ao Texas, acompanhado da primeira-dama, Melania Trump, onde visitou a zona mais afetada pelo desastre, reunindo com o governador estadual, membros do seu executivo e responsáveis pelos serviços de emergência locais.

A reunião, aberta a transmissões televisivas, foi essencialmente uma troca de elogios entre Trump e as equipas locais, até que os jornalistas puderam colocar questões. 

A primeira pergunta foi sobre o que o presidente diria àqueles que questionam se teria sido possível salvar mais vidas se tivessem sido emitidos mais cedo os alertas para a inundação, a 04 de julho.

Mantendo a toada de elogios da sessão, Trump respondeu inicialmente dizendo que achava que "todos fizeram um trabalho incrível dadas as circunstâncias" e que admirava a reação dos serviços locais. Contudo, acabou a criticar o jornalista, dizendo que "só uma pessoa maléfica faria uma pergunta" daquelas. 

"Só uma pessoa maléfica faria uma pergunta dessas, para ser honesto consigo. Não sei quem é, mas só uma pessoa muito má faria uma pergunta dessas", atirou. 

Mas não ficaria por aqui. Na questão seguinte, do ultraconservador Real America's Voice, o repórter agradeceu ao presidente e a outros responsáveis que "fizeram tudo bem", o que soou como 'música' para os ouvidos de Trump. 

"Bem, este é um bom repórter. Esta é uma boa pergunta", disse o presidente norte-americano. 

Pode ver um vídeo do momento na galeria acima. 

Durante a sessão, Trump referiu que o número de vítimas mortais, grande parte crianças que participavam em acampamentos de férias, está agora em 135, mais 15 do que o balanço anterior.

O governador do Texas, Greg Abbott, adiantou que prosseguem as buscas por 160 pessoas, menos dez do que na véspera.

As cheias repentinas foram causadas por chuvas torrenciais na manhã de 04 de julho, que fizeram o rio Guadalupe subir oito metros em apenas 45 minutos.

Caíram quase 300 milímetros de chuva por hora, um terço da precipitação média anual.

As autoridades locais foram criticadas pelos residentes e especialistas por não ordenarem a evacuação das zonas próximas do rio, apesar das fortes chuvas, e pela falta de meios de comunicação com os monitores do acampamento.

Vários residentes de Kerrville disseram à EFE que receberam alertas de inundações e chuvas fortes nas primeiras horas do dia 04 de julho, sem que lhes fosse solicitado que se colocassem em local seguro.

O Serviço Meteorológico Nacional (NWS) começou a emitir alertas de inundações para os condados de Bandera e Kerr, os mais afetados, a partir da 1h00 de 05 de julho.

A CNN noticiou ontem que os esforços de ajuda da Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA) foram atrasados por obstáculos burocráticos após uma nova regra adotada pela secretária, Kristi Noem, com o objetivo de reduzir as despesas.

Durante sessão de ontem, Donald Trump denunciou a oposição democrata "que só quer criticar", repetindo continuamente que o desastre foi de proporções inéditas e que a resposta foi um sucesso.

"Todos nesta sala fizeram um trabalho incrível, e as pessoas sabem disso", afirmou.

O líder republicano, que tinha afirmado anteriormente que, em caso de desastre, os esforços de ajuda deveriam ser conduzidos a nível estadual, assinou também rapidamente uma declaração de desastre para fornecer recursos federais ao Texas.

A Casa Branca já havia rejeitado veementemente as críticas de que os cortes orçamentais no Serviço Meteorológico Nacional (NWS, na sigla em inglês) prejudicaram a fiabilidade das previsões e alertas, o que qualificou de "mentira hedionda" descabida "neste momento de luto nacional".

Sobre a sua proposta de eliminar gradualmente a FEMA, Donald Trump afirma agora que este não é o momento para discutir o assunto.

As buscas por sobreviventes no centro do Texas envolvem agora mais de 2.000 socorristas, polícias e especialistas, apoiados por helicópteros, 'drones' e equipas de resgate com cães.

Pelo menos 27 raparigas e conselheiros morreram no Acampamento Mystic, nas margens do rio Guadalupe, um dos vários varridos pelas inundações.

Leia Também: Governo canadiano responde a taxa de Trump com "viragem" para a Europa

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