"Esta declaração incentiva mais uma vez a difusão de mentiras sobre a Geórgia", disse a diplomata georgiana em conferência de imprensa.
Bochorishvili considerou que a declaração conjunta de 17 países europeus e da União Europeia é uma "tentativa de ofuscar" a proposta do Presidente georgiano, Mikhail Kavelashvili, de perdoar políticos da oposição presos caso aceitem participar nas eleições locais de 04 de outubro.
Dezassete países europeus e a União Europeia (UE) disseram hoje, numa declaração conjunta, estar "profundamente inquietos e preocupados" com a degradação da situação na Geórgia, face à vaga de repressão do Governo contra opositores.
"Não hesitaremos em utilizar toda a panóplia de instrumentos unilaterais e multilaterais ao nosso dispor se as autoridades georgianas continuarem a tomar medidas que minam a democracia e os direitos humanos na Geórgia", afirmaram a declaração conjunta.
Os signatários desta declaração são os ministros dos Negócios Estrangeiros de Bélgica, República Checa, Dinamarca, Estónia, Finlândia, França, Alemanha, Islândia, Irlanda, Letónia, Lituânia, Países Baixos, Noruega, Polónia, Espanha, Suécia e do Reino Unido e o Alto Representante da União Europeia.
Segundo os países europeus e a UE, a Geórgia tem levado a cabo condenações a opositores que têm "motivação política" e o "objetivo claro é sufocar a oposição política na Geórgia poucos meses antes das eleições locais".
Os ministros condenaram a detenção de líderes da oposição georgiana bem como as detenções e a repressão contra outras vozes críticas da sociedade civil, como manifestantes pacíficos e jornalistas independentes.
De acordo com os representantes europeus, estas ações contribuem para o "desmantelamento" da democracia na Geórgia e a sua "rápida transformação num sistema autoritário", em contradição com os valores europeus.
A Geórgia vive uma crise política desde a vitória do partido Sonho Georgiano nas eleições legislativas de outubro de 2024. Os resultados foram rejeitados pela oposição, que os considerou fraudulentos.
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