Europeus "profundamente preocupados e inquietos" com situação na Geórgia

Dezassete países europeus e a União Europeia (UE) disseram hoje, numa declaração conjunta, estar "profundamente inquietos e preocupados" com a degradação da situação na Geórgia, face à vaga de repressão do Governo contra opositores.

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© GIORGI ARJEVANIDZE/AFP via Getty Images

Lusa
12/07/2025 12:05 ‧ há 4 horas por Lusa

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"Não hesitaremos em utilizar toda a panóplia de instrumentos unilaterais e multilaterais ao nosso dispor se as autoridades georgianas continuarem a tomar medidas que minam a democracia e os direitos humanos na Geórgia", afirmaram numa declaração conjunta.

 

Os signatários desta declaração são os ministros dos Negócios Estrangeiros de Bélgica, República Checa, Dinamarca, Estónia, Finlândia, França, Alemanha, Islândia, Irlanda, Letónia, Lituânia, Países Baixos, Noruega, Polónia, Espanha, Suécia e do Reino Unido e o Alto Representante da União Europeia.

Segundo os países europeus e a UE, a Geórgia tem levado a cabo condenações a opositores que têm "motivação política" e o "objetivo claro é sufocar a oposição política na Geórgia poucos meses antes das eleições locais".

Denunciam que a repressão "contribui para o desmantelamento da democracia na Geórgia e a sua rápida transformação num regime autoritário" e consideram que o que se passa naquele país a Europa Oriental já "resultou numa deterioração significativa" das relações multilaterais, incluindo com redução da assistência à Geórgia e da cooperação com as autoridades georgianas.

Para os europeus, "não é tarde para mudar de rumo" e defendem que, para isso, as autoridades georgianas devem "libertar imediatamente políticos, jornalistas e ativistas injustamente detidos, reverter a legislação repressiva e iniciar um diálogo nacional".

A Geórgia vive uma crise política desde a vitória do partido Sonho Georgiano nas eleições legislativas de outubro de 2024. Os resultados foram rejeitados pela oposição, que os considerou fraudulentos.

No final de novembro de 2024, o Governo anunciou a suspensão do processo de adesão à União Europeia, desencadeando grandes protestos da oposição que foram violentamente reprimidos, com ameaças e detenções de ativistas e manifestantes.

No início de julho, oito partidos da oposição anunciaram que não participariam nas eleições em protesto contra as políticas do Governo da Geórgia, incluindo partidos políticos cujos membros se encontram na prisão.

Pelo menos cinco figuras da oposição georgiana foram condenadas nas últimas semanas por se terem recusado a testemunhar perante uma comissão parlamentar que investiga possíveis abusos cometidos durante a governação do presidente Mikheil Saakashvili (2004-2013), que está preso desde 2021.

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