O chefe de Estado disse hoje que as autoridades libanesas querem retirar as armas de todos os grupos armados, incluindo o Hezbollah (Partido de Deus).
As declarações de Aoun ocorreram durante um discurso perante as Forças Armadas do Líbano.
Segundo o presidente as armas apreendidas devem ficar na posse do Exército de Beirute.
O Líbano está sujeito a pressões políticas, nomeadamente dos Estados Unidos, para desarmar o Hezbollah, que saiu enfraquecido de uma guerra com Israel que terminou em novembro de 2024, mas que mantém parte do arsenal bélico.
Joseph Aoun apelou a todas as partes políticas para que aproveitem o que considerou oportunidade histórica para que o Exército e as forças de segurança passem a deter "o monopólio das armas (...) em todo o território libanês"
O líder do Hezbollah, Naim Qassem, considerou na quarta-feira que qualquer pedido para desarmar o partido "serve Israel", acusando o emissário norte-americano Tom Barrack de recorrer à ameaça e à intimidação.
O Hezbollah, apoiado pelo Irão, é a única formação armada libanesa que manteve o equipamento militar após o fim da guerra civil em 1990, em nome da "resistência" contra Israel.
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