Os presidentes russo e norte americano têm um encontro agendado para 15 de agosto no Alasca, Estados Unidos, como parte dos esforços de Trump para encontrar uma solução para o conflito desencadeado pela Rússia em fevereiro de 2022.
Como os Estados Unidos não reconhecem o Tribunal Penal Internacional (TPI), que emitiu um mandado de prisão contra Vladimir Putin pela "transferência ilegal" de crianças ucranianas para a Rússia, o Presidente russo não arrisca prisão no território no extremo noroeste do continente norte-americano, que os Estados Unidos compraram à Rússia em 1867.
O encontro acontecerá sem Volodymyr Zelensky, que, no entanto, continua a exigir a sua participação.
"Qualquer decisão tomada contra nós, qualquer decisão tomada sem a Ucrânia, seria uma decisão contra a paz", alertou Zelensky nas redes sociais, acrescentando que "os ucranianos não entregarão suas terras aos ocupantes".
Forças russas controlam atualmente aproximadamente 20% do território ucraniano.
A agência AFP adianta que durante uma conversa telefónica hoje com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, o Presidente ucraniano também instou os seus aliados europeus a tomarem "medidas claras" para definir uma abordagem comum, mesmo que também estejam excluídos das negociações.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, após também falar por telefone hoje com seu homólogo ucraniano, insistiu que "o futuro da Ucrânia não poderia ser decidido sem os ucranianos".
"Os europeus também farão necessariamente parte da solução, porque a sua segurança depende disso", escreveu Macron na rede social X.
"Devemos permanecer unidos", acrescentou o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez, que também falou com Zelensky, na mesma rede de mensagens.
O secretário das Relações Exteriores britânico, David Lammy, recebeu hoje em Londres o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, o chefe da administração presidencial ucraniana, Andriy Yermak, e o ex-ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov, bem como conselheiros europeus de segurança nacional.
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