O município de Copenhaga, na Dinamarca, cobrou ilegalmente taxas de casamento a cerca de 12.000 casais, sobretudo estrangeiros, ao longo de sete anos e, agora, poderá ter de vir a reembolsar milhares em coroas dinamarquesas.
Segundo o The Guardian, descobriu-se recentemente que estava a ser cobrada uma taxa para casamentos na autarquia em horários específicos e em casamentos em locais externos designados. No entanto, a lei dinamarquesa define que o município só pode cobrar a taxa se o casal tiver solicitado o casamento fora da autarquia.
Ao longo destes sete anos, a taxa foi cobrada, na maioria, a pessoas de fora da Dinamarca e que não tinham residência permanente no país.
Agora, o município poderá ser obrigado a reembolsar até 23 milhões de coroas dinamarquesas, cerca de 3 milhões de euros.
Lars Ramme Nielsen, que é diretor da Câmara do Comércio dinamarquesa, considerou a situação "lamentável".
"Por muitas razões, estamos muito satisfeitos por tantos casais estrangeiros escolherem Copenhaga como o local para selar o seu amor", disse. "Ao mesmo tempo, não ignoramos a receita significativa que esses hóspedes trazem consigo — desde hotéis, restaurantes e aeroportos até fotógrafos locais, floristas e muitos outros. Esperamos sinceramente que uma solução possa ser encontrada", defendeu.
Por sua vez, alguns políticos pediram uma alteração da lei, para que esta taxa passe a ser legal.
Tal como destaca o diário britânico, que cita dados da Câmara do Comércio dinamarquesa, o turismo de casamento representa um grande negócio para a capital dinamarquesa. Só no ano passado, cerca de 5.000 casais internacionais casaram-se na cidade.
De realçar que Copenhaga tornou-se popular sobretudo para os casais que procuram cerimónias rápidas e com menos burocracia, tendo ainda em conta que os casamentos na Dinamarca são reconhecidos em muitos países.
O edifício da Câmara Municipal é um dos locais mais procurados e, de acordo com sites locais, casar no edifício do município dura apenas cerca de quatro minutos, a não ser que os casais queiram dizer os seus próprios votos. Além disso, a autarquia fornece duas testemunhas, caso não leve convidados.
A cerimónia pode ser celebrada em dinamarquês ou inglês.
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