Chefes do Estado-Maior da NATO reiteram apoio a paz "justa e duradoura"

Os chefes do Estado-Maior das Forças Armadas dos 32 aliados da NATO reiteraram hoje o apoio a uma paz "justa, credível e duradoura" na Ucrânia, destacando a coragem dos militares ucranianos que combatem a invasão russa.

Donetsk, Ucrânia

© Donetsk Regional Military Adm./Anadolu via Getty Images

Lusa
20/08/2025 20:34 ‧ há 11 horas por Lusa

Mundo

Ucrânia

"Reafirmamos o nosso apoio. A prioridade continua a ser uma paz justa, credível e duradoura", afirmou o presidente do Comité Militar da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental), o almirante Giuseppe Cavo Dragone, numa mensagem publicada nas redes sociais após a reunião convocada por videoconferência para abordar a situação na Ucrânia, perante os esforços diplomáticos para alcançar a paz.

 

O almirante italiano emitiu também palavras de apoio aos militares ucranianos: "Os nossos pensamentos estão com os bravos homens e mulheres ucranianos. Admiramos a sua incansável coragem na defesa do seu país".

Esta reunião foi a primeira do organismo militar em que participou o novo comandante supremo aliado, Alexus Grynkewich, que apresentou uma atualização sobre o cenário de segurança da NATO.

Além disso, o presidente do Comité Militar da NATO valorizou o "diálogo franco" entre os responsáveis da Defesa dos países aliados e invocou a unidade no seio da Aliança Atlântica.

"Estamos unidos, e essa unidade foi claramente sentida hoje, como sempre", sublinhou.

A reunião por videoconferência decorreu num contexto de iniciativas diplomáticas dos Estados Unidos para alcançar a paz entre a Ucrânia e a Rússia, uma iniciativa acompanhada da intenção de fornecer garantias de segurança a Kiev, a fim de dissuadir futuras agressões de Moscovo.

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da União Soviética - e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia a cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado, em ofensivas com 'drones' (aeronaves não-tripuladas), alvos militares em território russo e na península da Crimeia, ilegalmente anexada por Moscovo em 2014.

No plano diplomático, após um longo impasse nas conversações entre Moscovo e Kiev, realizou-se a 15 de agosto uma cimeira no Alasca entre os Presidentes norte-americano, Donald Trump, e russo, Vladimir Putin, sobre a guerra na Ucrânia, com a possibilidade de um cessar-fogo como a principal questão em debate, mas não foram alcançados quaisquer resultados.

Na segunda-feira, Trump recebeu na Casa Branca o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e uma comitiva de alto nível com vários líderes europeus.

A Rússia rejeitou até agora qualquer cessar-fogo prolongado e exige, para pôr fim ao conflito, que a Ucrânia lhe ceda quatro regiões -- Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia - além da península da Crimeia anexada em 2014, e renuncie para sempre a aderir à NATO.

Estas condições são consideradas inaceitáveis pela Ucrânia, que, juntamente com os aliados europeus, tem exigido um cessar-fogo incondicional de 30 dias antes de entabular negociações de paz com Moscovo.

Por seu lado, a Rússia considera que aceitar tal oferta permitiria às forças ucranianas, em dificuldades na frente de batalha, rearmar-se, graças aos abastecimentos militares ocidentais.

Leia Também: Ucrânia: Em que podem consistir as garantias de segurança?

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