Duas companhias aéreas norte-americanas estão a ser processadas por venderem lugares à janela que, na realidade, não têm janela. Os visados, que dizem terem pagado extra pelos assentos, argumentaram que as empresas não especificaram no momento da venda que os lugares não tinham janela.
Os processos contra a United Airlines e contra a Delta Air Lines foram entregues na terça-feira, no tribunal federal de São Francisco e no tribunal federal de Brooklyn, respetivamente, segundo a agência Reuters.
O mesmo meio deu conta de que os mais de um milhão de passageiros por companhia aérea pedem indemnizações milionárias, justificando que a Delta e a United não sinalizam os lugares sem janela no momento da reserva dos voos, ao contrário da Alaska Airlines e da American Airlines – mesmo cobrando dezenas ou centenas de dólares.
Alguns lugares dos aviões Boeing 737, Boeing 757 e Airbus A321 que, normalmente, seriam à janela, não as têm devido à localização de condutas de ar condicionado, condutas elétricas e outros componentes.
“Se os queixosos soubessem que os assentos que estavam a comprar não tinham janela, não os teriam escolhido - muito menos pagado um valor extra”, lê-se na queixa contra a United.
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Adriano Guerreiro | 09:29 - 05/08/2025Os processos especificam ainda que muitos passageiros optam por aqueles lugares para lidar com enjoos, enfrentar o medo de viajar de avião, entreter crianças, ou ver a superfície terrestre a passar.
As queixas contra a Delta são encabeçadas por Nicholas Meyer, de Brooklyn, enquanto o processo contra a United é liderado por Marc Brenman, de São Francisco, e Aviva Copaken, de Los Angeles. O advogado Carter Greenbaum, que está envolvido no caso, realçou que o facto de os clientes poderem encontrar informações sobre os lugares em páginas de terceiros não justifica a conduta das companhias aéreas.
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Notícias ao Minuto | 12:59 - 21/08/2025“Uma empresa não pode deturpar a natureza dos produtos que vende e depois confiar em avaliações de terceiros para dizer que um cliente deveria saber que estava a mentir”, disse.
Nenhuma das companhias aéreas respondeu à Reuters.
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