Um recluso fugiu do Estabelecimento Prisional de Sintra, esta sexta-feira à tarde, confirmou o Sindicato do Corpo da Guarda Prisional ao Notícias ao Minuto.
A fuga aconteceu por volta das 17h00, quando um grupo de presos trabalhava nas obras de uma escola que fica no perímetro do estabelecimento prisional, mas fora da prisão.
O recluso estava a pintar os muros do Edifício Rumos, junto à escola do Estabelecimento Prisional de Sintra, no distrito de Lisboa, quando "se furtou à vigilância dos guardas prisionais e se evadiu", disse a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), em comunicado.
Como o grupo de 11 presos estava a ser vigiado por apenas um guarda prisional, quando o guarda desviou a atenção para acompanhar outros reclusos o fugitivo aproveitou para começar correr e desaparecer nas imediações do Estabelecimento Prisional de Sintra.
O recluso, segundo a ficha a que o Notícias ao Minuto teve acesso, trata-se de Carlos Manuel Alves, um pedreiro de 57 anos, que estava a cumprir uma pena de quatro anos de prisão por violência doméstica e detenção de arma proibida e atingia os dois terços da pena em outubro.
Questionada pela Lusa, a DGRSP detalhou que a família do recluso foi avisada da fuga.
Uma das filhas disse que a mãe estará a viver no estrangeiro, acrescentou a mesma fonte.
Foram também feitas comunicações às forças policiais e "seguido o protocolo de segurança definido", destacou igualmente a DGRSP.
Na nota, a DGRSP frisou ainda que foi aberto um processo de averiguações, a cargo do Serviço de Auditoria e Inspeção que é coordenado por magistrado do Ministério Publico, com o objetivo de "apurar as circunstâncias em que a ocorrência teve lugar".
Natural do Fundão, Carlos Manuel Alves vivia em Camarate e tem o 9.º ano de escolaridade.
Carlos Manuel Alves© Estabelecimento Prisional de Sintra
O Estabelecimento Prisional de Sintra recebe sobretudo reclusos condenados da área da Grande Lisboa e, segundo site do Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), dispõe de "diversas oficinas de trabalho" nas áreas de carpintaria, serralharia e mecânica-auto.
As alas A e B da prisão foram, recentemente, alvo de "profundas remodelações" que envolveram a "instalação de equipamento sanitário em todas as celas" e permitiram a "melhorias das condições de habitabilidade".
No exterior, nos pátios de recreio das duas alas, construíram-se recintos para a prática de atividades desportivas, como voleibol, basquetebol e futebol.
Já o primeiro piso de um dos pavilhões da ala B foi adaptado para receber um "projeto de Intervenção na Toxicodependência em Sintra (PITS)", que existe desde janeiro de 2005.
O Estabelecimento Prisional de Sintra possui um nível de segurança alto e um elevado "grau de complexidade de gestão", com lotação para 767 reclusos.
[Notícia atualizada às 23h04]
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