O primeiro-ministro, Luís Montenegro, deslocou-se a Espanha para a IV Conferência Internacional sobre Financiamento para o Desenvolvimento da Organização das Nações Unidas (ONU) e, na noite de domingo, foi convidado dos reis de Espanha para um jantar. Contudo, acabou por protagonizar, juntamente com a esposa, um episódio que foi destacado nas redes sociais.
Em causa esteve o momento em que o primeiro-ministro e Carla Montenegro foram recebidos por Felipe VI e Letizia no Real Alcázar de Sevilha. Nas imagens é possível ver Montenegro e a esposa a chegarem e a cumprimentarem os reis. Contudo, em vez de seguirem o protocolo e posarem para uma fotografia, decidiram seguir caminho, o que levou o monarca a chamá-los.
Mas não ficava por aqui e o embaraço foi claro no rosto de ambos. Montenegro devia ficar ao lado de Letizia e a sua esposa ao lado de Felipe VI, no entanto, enganaram-se e tiveram ainda de trocar de posições.
Já com a fotografia tirada, abandonaram aquela sala do palácio real da cidade e o rei de Espanha aproveitou a oportunidade para dirigir algumas palavras a Letizia - um momento que os utilizadores mais atentos não deixaram passar em branco, questionado o que estaria o monarca a dizer à rainha.
Pode ver o vídeo divulgado nas redes sociais na galeria acima.
Mas, a verdade é que o primeiro-ministro português e a esposa não foram os únicos a falhar no protocolo. O momento mais polémico foi protagonizado pelo presidente colombiano, Gustavo Petro, que tentou beijar Letizia. A rainha afastou-se rapidamente, notoriamente incomodada, e acabou por direcioná-lo para a fotografia.
Soberana frenada de Doña Leticia al paseante, farsante, delirante, inquilino de la casa de Nariño @petrogustavo .
— Mauricio Mora (@supershadai) June 29, 2025
Disfruto pic.twitter.com/badsQF6RHV
Note-se que foram 60 os chefes de Estado e de Governo que estiveram no arranque da conferência de Sevilha e que no domingo à noite foram convidados dos reis de Espanha para um jantar oferecido a propósito do encontro da ONU.
A 4.ª Conferência Internacional para o Financiamento ao Desenvolvimento da ONU decorre até quinta-feira e acontece dez anos depois da anterior, na Etiópia, em 2015.
Participam não só mais de 60 líderes mundiais, mas também 4.000 representantes da sociedade civil. O objetivo é relançar a ajuda ao desenvolvimento, que tem atualmente um défice de quatro biliões de dólares anuais, segundo a ONU.
Num mundo com mais conflitos bélicos e novas tensões e discursos geopolíticos, os recursos estão a ser desviados para orçamentos militares e de segurança, com especial impacto o corte das verbas para ajuda humanitária e a agências da ONU pelos Estados Unidos, desde que Donald Trump voltou à presidência do país, que representava até ao ano passado 42% do total de doações.
Os EUA serão mesmo o único país-membro da ONU ausente de Sevilha, depois de se terem retirado da negociação da declaração "Compromisso de Sevilha", embora não a tenham vetado exigindo uma votação.
O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, que será o anfitrião, ao lado do secretário-geral da ONU, António Guterres.
A conferência de Sevilha "é uma oportunidade única para reformar o sistema financeiro internacional", que é hoje obsoleto e disfuncional, disse recentemente António Guterres, secretário-geral da ONU, que é o anfitrião da reunião.
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