"O Governo já declarou estado de calamidade para poder acionar o fundo nacional de emergência com vista a fazer face aos estragos provocados nas estradas, ruas e outras infraestruturas e acudir as pessoas em situação difícil provocada pela intempérie", anunciou em comunicado.
Afirmou ainda que a empresa Infraestruturas de Cabo Verde estará a mobilizar meios de intervenção em parceria com as empresas locais de construção civil para ações de emergência.
"Estragos em estradas, ruas e outras infraestruturas e em património privado como viaturas aconteceram em São Vicente e também em Santo Antão", afirmou ainda.
"Este é um momento que exige união nacional, solidariedade e ação concertada de todos para, juntos, ultrapassarmos esta tragédia", acrescentou ainda.
O número de vítimas mortais devido às chuvas subiu para sete na ilha de São Vicente, segundo o ministro da Administração Interna, Paulo Rocha.
"Em pouco mais de duas horas e meia de chuva intensa, acompanhada de muita trovoada, temos neste momento sete mortos confirmados", afirmou, citado pela Rádio de Cabo Verde (RCV).
O governante alertou que o número de mortos pode aumentar, uma vez que ainda há pessoas desaparecidas.
Na ilha de Santo Antão, as estradas de acesso à localidade de Alto Mira, voltaram a ficar intransitáveis devido a derrocadas provocadas pelas chuvas, dois dias depois de terem sido reabertas.
Imagens divulgadas nas redes sociais mostram ruas inundadas e casas parcialmente destruídas, com pavimentos e calçadas levantados e detritos espalhados, evidenciando a força das chuvas que atingiram São Vicente.
Além disso, várias viaturas e estabelecimentos comerciais foram destruídos, postes caíram e as ruas ficaram tomadas por enxurradas.
A Associação cabo-verdiana Maense em Portugal manifestou profundo pesar pelas fortes chuvas que afetaram as ilhas de São Vicente e Santo Antão e assegurou estar disponível para apoiar as famílias atingidas.
"A Associação Maense mobilizará os seus membros, parceiros e redes de solidariedade em Portugal para angariar doações de roupas, bens de primeira necessidade e outros apoios logísticos que possam ajudar a mitigar o sofrimento das populações afetadas", garantiu.
Esta entidade apelou ainda à comunidade cabo-verdiana residente em Portugal, bem como a parceiros institucionais e amigos solidários, para se unirem neste esforço coletivo de ajuda humanitária.
Além desta associação, vários governantes, incluindo o chefe de Estado, presidentes das câmaras municipais e deputados, manifestaram solidariedade nas suas páginas oficiais nas redes sociais.
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