Segundo a agência de notícias France Presse (AFP), cerca de 50 pessoas reuniram-se junto à sede da empresa na Alemanha para afirmarem estar contra o possível despedimento em massa veiculado pela direção.
Os manifestantes exigiram que o TiKTok reconsiderasse os seus planos, referindo: "treinámos as vossas máquinas, paguem-nos o que merecemos".
Os moderadores de conteúdos são responsáveis por impedir a publicação na plataforma de conteúdos que incitem ao ódio, à desinformação ou à pornografia.
Este conflito social faz parte de uma tendência mundial das redes sociais para reduzir o recurso a funcionários e recorrer mais à IA, como anunciou a rede social X, ao dizer usar a tecnologia para criar notas da comunidade, a estratégia usada pela plataforma para a moderação de conteúdos.
Em outubro, o TikTok anunciou a supressão de centenas de postos de trabalho em todo o mundo, redirecionando os recursos para soluções automatizadas como a IA para moderar os seus conteúdos.
Neste sentido, os trabalhadores asseguram que a IA não pode determinar se o conteúdo discrimina certos grupos, ao mesmo tempo que não pode avaliar o perigo de determinados conteúdos.
Um estudo recente da MediaMatters concluiu que o lançamento da ferramenta de vídeo Veo 3 da Google permitiu que várias contas do TikTok começassem a publicar vídeos gerados com recuso a IA que utilizam estereótipos racistas e antissemitas.
Apesar da proliferação do conteúdo 'online', os termos de utilização do TikTok procuraram proibir este tipo de conteúdo, afirmando usar tecnologia e moderação feitas por humanos para identificar quem viola as regras.
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