Internautas reformulam notícias confiáveis para fazer alegações falsas

Os utilizadores das redes sociais estão a redirecionar intencionalmente notícias de órgãos de comunicação fidedignos para amplificar narrativas de desinformação, concluiu um estudo da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos da América.

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Lusa
29/07/2025 11:19 ‧ ontem por Lusa

Tech

Desinformação

Lisboa, 29 jul 2025 (Lusa) -- Os utilizadores das redes sociais estão a redirecionar intencionalmente notícias de órgãos de comunicação fidedignos para amplificar narrativas de desinformação, concluiu um estudo da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos da América.

 

"A disseminação de desinformação 'online' tem-se concentrado amplamente em histórias presumivelmente falsas de fontes não confiáveis, 'sites' que fabricam conteúdo ou enganam intencionalmente os leitores", lê-se no documento.

Contudo, um estudo da Universidade Maryland indica que alguns utilizadores de media sociais redirecionam deliberadamente o jornalismo confiável para promover alegações enganadoras.

No caso da rede social X, por exemplo, as "histórias precisas e convencionais compartilhadas por difusores de desinformação muitas vezes ecoavam temas comuns em conteúdo falso, incluindo dúvidas sobre vacinas, exagero do crime e desconfiança política".

Neste sentido, os investigadores sugerem que os utilizadores que promovem narrativas desinformativas acham as fontes convencionais particularmente atraentes, "especialmente quando essas fontes publicam informações que podem ser distorcidas para apoiar os seus pontos de vista".

Os agentes responsáveis pela propagação de desinformação aproveitam a "credibilidade das fontes para dar mais peso à sua própria narrativa".

A classificação do conteúdo apenas pela confiabilidade da sua fonte perde a forma como a informação opera socialmente, pois um único artigo pode informar ou induzir em erro, dependendo de como é enquadrado e interpretado.

O estudo levanta ainda questões sobre a precisão factual, sugerindo que a forma como as manchetes jornalísticas são escritas podem influenciar a receção da informação, podendo ser potencialmente mal utilizada 'online'.

O estudo da Universidade de Maryland teve como base a análise das publicações nas redes sociais de cerca de 1,6 milhões de residentes nos Estados Unidos da América.

Leia Também: 'Chatbots' geram desinformação sobre saúde em 88% das suas respostas

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