A missão, desenvolvida em parceria com os Estados Unidos, através das respetivas agências espaciais, contribuirá para a proteção das populações ao proporcionar informação aos decisores políticos sobre resposta a desastres, monitorização de infraestruturas e gestão da atividade agrícola.
O satélite NISAR, lançado da base espacial indiana de Satish Dhawan, a bordo de um foguetão igualmente indiano, está equipado com um sistema de dois instrumentos de radar avançados que possibilitarão gerar uma imagem tridimensional dinâmica da Terra com um detalhe sem precedentes.
Posicionado a 747 quilómetros de altitude da Terra, o satélite irá rastrear as alterações nas zonas florestais e húmidas da Terra, monitorizar a deformação e o movimento das superfícies geladas do planeta e detetar o movimento da crosta terrestre com uma precisão de um centímetro, essencial para a compreensão de como se movimenta a superfície terrestre antes, durante e depois de terremotos, erupções vulcânicas e deslizamentos de terra.
Os dois radares do satélite monitorizarão quase toda a superfície da Terra duas vezes a cada 12 dias, incluindo áreas do hemisfério sul polar que raramente são acompanhadas por outros satélites de observação do planeta por radar.
Os sinais recolhidos pelo NISAR também poderão ajudar os cientistas a avaliarem mudanças ao longo do tempo nas áreas florestais, húmidas e agrícolas e no 'permafrost' (solo permanentemente coberto de gelo).
O satélite está capacitado para "ver" através das nuvens, permitindo monitorizar a superfície terrestre durante tempestades e em condições de luz e sombra.
Com um custo de 1,3 mil milhões de euros, o NISAR é considerado o satélite de observação da Terra mais caro do mundo.
O início da recolha de dados científicos é esperado em outubro.
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