Desde que Donald Trump voltou ao poder nos Estados Unidos da América há uma guerra tarifária em que a Europa está envolvida - depois da implementação de tarifas mais pesadas por parte dos americanos. Para a Volvo, o exemplo deve vir da Europa.
Ao todo, já se pagam taxas de 27 por cento para os carros europeus que são exportados para os EUA - valor que Donald Trump ameaça fazer subir ainda mais se não existir um acordo até ao início de agosto. Quanto à UE, tem uma tarifa de dez por cento para os automóveis provenientes dos EUA.
Segundo a Reuters, o diretor-executivo da Volvo, Hakan Samuelsson defendeu após a apresentação dos resultados trimestrais: "Se a Europa é a favor do comércio livre, devíamos ser nós a mostrar o caminho e termos tarifas muito baixas em primeiro lugar".
No entender do dirigente, as tarifas impostas pela UE não são necessárias, considerando que não é preciso proteger a indústria face aos fabricantes dos EUA.
Sem controlo sobre as tarifas, a Volvo está a adaptar-se como pode, o que inclui uma redução da oferta nos EUA e a produção do seu 'best-seller' XC60 híbrido naquele país a partir de 2026 - onde o EX90 não está a ter sucesso, apesar de ser produzido na Carolina do Sul.
Recentemente, a Volvo anunciou encargos de imparidade sem efeitos de caixa no equivalente a cerca de um milhão de euros - sendo parte do resultado justificado pelas tarifas dos EUA.
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