Impasse sobre tarifas poderia "causar danos incalculáveis" diz a Ineos

A Ineos já reagiu ao acordo tarifário alcançado este domingo entre a União Europeia e os Estados Unidos da América, considerando-o vital não só para as suas operações, como para a indústria no geral.

Um Ineos Grenadier no Seoul Mobility Show 2025.

© Chris Jung/NurPhoto via Getty Images

Bernardo Matias
29/07/2025 14:23 ‧ ontem por Bernardo Matias

Auto

Ineos

A semana começou com notícias animadoras para várias indústrias, incluindo a automóvel, com o acordo sobre as tarifas concluído entre a União Europeia e os Estados Unidos da América. A Ineos recebeu este progresso com satisfação.

 

O entendimento prevê a aplicação de taxas alfandegárias de 15 por cento sobre as exportações de ambos os blocos. O presidente americano, Donald Trump, tinha ditado há meses tarifas de 25 por cento perante os automóveis e dez por cento sobre todas as importações vindas da UE - naquilo a que chamou de 'Dia da Libertação'.

A Ineos, fundada por Jim Ratcliffe, tem sede no Reino Unido e produz o Ineos Grenadier em França - sendo o mercado dos EUA vital para as suas operações.

A diretora-executiva da empresa, Lynn Calder, afirmou: "Estamos aliviados por um acordo tarifário ter sido, finalmente, alcançado entre a UE e os EUA. Os 15 por cento representam um aumento significativo no custo do nosso negócio incipiente em relação ao patamar anterior ao 'Dia da Libertação'".

Posto isto, a dirigente considera que este acordo alcançado dá a possibilidade de manter o crescimento nos Estados Unidos da América, que são "o maior mercado" da INEOS.

E Lynn Calder disse ainda: "Uma negociação prolongada tinha o potencial de causar danos incalculáveis aos nossos negócios e à indústria automóvel como um todo, então é positivo que agora tudo esteja claro. Esperamos um período de estabilidade para que possamos, simplesmente, continuar a entregar Grenadiers aos nossos clientes".

Acordo não foi perfeito

Enquanto alguns viram o acordo tarifário com bons olhos, houve quem criticasse a União Europeia. Bruxelas assume, através do porta-voz para a tutela do Comércio, Olof Gill, que "não é o resultado perfeito" para nenhuma das partes.

No entanto, fala de uma "plataforma para avançar" e desenvolver as atividades comerciais. O Ministério da Economia e Coesão territorial português considera que este entendimento é importante do ponto de vista da previsibilidade e estabilidade para as empresas.

As firmas europeias do setor automóvel que têm vindo a divulgar as suas contas semestrais assumem, no geral, um grande impacto das tarifas nos seus resultados, como foi o caso do grupo Stellantis esta manhã.

Leia Também: Como o acordo tarifário entre EUA e Europa afeta o setor automóvel

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