O anúncio foi feito por Luís Montenegro na declaração conjunta ao lado do Presidente de Angola, João Lourenço, no Palácio das Necessidades, no âmbito da sua visita oficial a Portugal.
O primeiro-ministro sublinhou que, há 12 meses na sua visita oficial a Angola, já tinha sido anunciado o reforço desta linha em 500 milhões de euros, passando na altura de 2 mil milhões para 2,5 mil milhões de euros.
Com este novo reforço, a linha de crédito, colocada à disposição das empresas portuguesas através do Banco de Fomento, aumentou "62,5% num curto espaço de 12 meses", destacou o chefe do Governo português.
"Foi na altura, disse-o textualmente, um sinal de confiança no futuro de Angola. Esse sinal de confiança é agora reforçado, porque decidimos hoje mesmo atribuir mais 750 milhões de euros a esta linha, o que perfaz, no curto espaço de 12 meses, um aumento de 2.000 milhões para 3.250 milhões de euros do 'plafond' desta linha de crédito", disse.
Montenegro considerou que este tem sido "um instrumento bem-sucedido" e um "contributo positivo para o trabalho dos dois governos e das duas economias", admitindo novo reforço no futuro.
"Esta linha de crédito tem o condão de ter mostrado fiabilidade de todos os seus intervenientes (...) O nosso desejo é que ela possa ter um aproveitamento ainda mais diversificado, no que diz respeito aos setores de atividade abrangidos e no que diz respeito também às empresas que possam fazer uso da mesma", afirmou.
Na sua declaração, sem direito a perguntas, tal como a de João Lourenço, o primeiro-ministro afirmou que as relações económicas entre os dois países atravessam "um excelente momento".
"Eu quero reiterar a nossa gratidão a todos os empresários angolanos que espreitam e executam oportunidades na economia portuguesa e a todos aqueles empresários portugueses que fazem muitos investimentos em Angola", afirmou.
Portugal, salientou, é "o segundo maior parceiro comercial de Angola", com 1.250 empresas nacionais a operar nesse país, e recordou o ambiente que encontrou na sua visita oficial de 2024.
"Pude verificar no terreno que o ambiente de negócios é um ambiente positivo e favorável, que os governos estão empenhados em poder criar ainda mais condições e instrumentos para que esta cooperação económica se possa desenvolver e que possamos, quer através das políticas públicas, quer através do estímulo à iniciativa privada, contribuir para o desenvolvimento económico dos nossos países", considerou.
João Lourenço chegou a Lisboa ao fim da tarde de quinta-feira e reuniu-se, hoje de manhã, com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, seguindo depois para a residência oficial do primeiro-ministro, onde teve uma reunião com Luís Montenegro, seguida de um almoço de trabalho.
Ao início da tarde, os dois reuniram-se com empresários portugueses, no Palácio das Necessidades, antes da assinatura de 11 instrumentos de cooperação bilateral, e da declaração à imprensa, sem direito a perguntas da comunicação social.
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