MNE de Israel "interessado" em normalizar relações com Síria e Líbano

O Ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Gideon Sa'ar, afirmou hoje que o seu país "está interessado" em normalizar as relações com a Síria e o Líbano no âmbito dos Acordos de Abraão.

Gideon Sa'ar

© Christian Marquardt/NurPhoto via Getty Images

Lusa
30/06/2025 11:52 ‧ há 8 horas por Lusa

Mundo

Gideon Sa'ar

O Ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Gideon Sa'ar, afirmou hoje que o seu país "está interessado" em normalizar as relações com a Síria e o Líbano no âmbito dos Acordos de Abraão.

 

"Israel está interessado em expandir o círculo de paz e normalização dos Acordos de Abraão", disse Sa'ar, em conferência de imprensa, referindo-se aos acordos assinados em 2020, sob os auspícios dos Estados Unidos, entre Israel e os Emirados Árabes Unidos, o Bahrein e Marrocos.

"Temos interesse em acrescentar países como a Síria e o Líbano, nossos vizinhos, ao círculo de paz e normalização [das relações], preservando ao mesmo tempo os principais interesses de segurança de Israel", acrescentou.

O ministro avisou, no entanto, que Israel não está disposto, em caso algum, a abdicar do controlo dos Montes Golã.

"Os Montes Golã continuarão a fazer parte de Israel em qualquer acordo de paz", enfatizou.

Os Montes Golã constituem um território estratégico tomado à Síria durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, e onde, segundo Sa'ar, "Israel aplica as suas leis há 40 anos", pelo que é uma "linha vermelha" numa hipotética negociação.

De facto, as forças israelitas têm aproveitado o caos sírio nos últimos meses para ganhar terreno no país vizinho, mas pretende normalizar as relações.

Já no domingo, o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, tinha defendido que o pós-conflito com o Irão abriu "amplas possibilidades regionais", enquanto o Presidente norte-americano, Donald Trump, defendeu que mais países do Médio Oriente procurem normalizar as relações com Telavive.

"Estão a abrir-se amplas possibilidades regionais", disse Netanyahu durante uma visita às instalações do Shin Bet, a agência de segurança nacional de Israel, em declarações divulgadas pelo seu gabinete depois de Trump ter defendido que mais países adiram aos Acordos de Abraão.

O enviado dos Estados Unidos para a Síria, Tom Barrack, defendeu, numa entrevista publicada pela agência de notícias estatal turca Anadolu no domingo, que tanto a Síria como o Líbano têm de fazer a paz com Israel.

Em 24 de junho, o conselheiro de Segurança Nacional de Israel, Tzachi Hanegbi, indicou que o seu o país estava em negociações com a Síria numa tentativa de normalizar as relações com o país vizinho.

Após os ataques do grupo islamita palestiniano Hamas ao território israelita, em 07 de outubro de 2023, que desencadearam a guerra em curso na Faixa de Gaza, o movimento xiita libanês Hezbollah e os rebeldes Huthis do Iémen, ambos aliados de Teerão, decidiram também atacar Israel.

Em retaliação, as forças israelitas deram início a uma forte ofensiva contra o Hezbollah em setembro passado e, apesar de um acordo de cessar-fogo dois meses mais tarde, ainda mantêm posições militares no sul do Líbano.

Em dezembro, o regime sírio de Bashar al-Assad, outro aliado da República Islâmica, caiu, após um golpe militar apoiado pela Turquia, e Israel aproveitou a ocasião para bombardear instalações militares afetas ao regime deposto e colocar militares no sul do país.

Leia Também: Ataques de Israel fizeram 33 mortos no norte de Gaza

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