A guarda costeira italiana resgatou 87 migrantes durante a madrugada de hoje e recuperou o corpo de uma mulher após o naufrágio do barco em que seguiam para atravessar da Tunísia para Itália, informou a Cruz Vermelha.
A embarcação de metal, que naufragou em La Louza, na Tunísia, afundou-se a meio da noite, a cerca de 70 quilómetros (km) da ilha italiana de Lampedusa.
Pescadores tunisinos que se encontravam nas proximidades alertaram as autoridades italianas, segundo relatos da imprensa, que também deram conta do desaparecimento de várias pessoas.
Os migrantes resgatados, todos oriundos da África subsariana, foram transportados para Lampedusa e levados para um centro de acolhimento, onde já estavam a ser assistidas outras 70 pessoas resgatadas nos últimos dias, segundo a Cruz Vermelha Italiana, que gere a unidade.
O Mediterrâneo Central, uma das rotas migratórias mais mortíferas do mundo, é muito utilizado pelos migrantes que procuram entrar nos países da União Europeia para fugir aos conflitos ou à pobreza.
Desde o início do ano, 29.738 migrantes desembarcaram na costa italiana, incluindo 5.146 menores não acompanhados, de acordo com os últimos dados do Ministério do Interior, publicados a 27 de junho.
Este número é superior ao do período homólogo, mas metade do registado em 2023, quando as chegadas marítimas ultrapassaram as 60.000 nos primeiros seis meses.
Em 2024, a Organização Internacional para as Migrações registou 2.452 vítimas mortais no Mediterrâneo, pessoas que tentavam chegar à Europa, e, nesse mesmo ano, registou o maior número de mortes nas rotas migratórias do mundo.
Ao assumir o poder, em 2022, a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, líder do partido de direita radical Irmãos de Itália, prometeu pôr fim aos desembarques de migrantes.
O executivo italiano, uma coligação governamental que também integra a extrema-direita, promoveu a assinatura de acordos a nível da União Europeia com países terceiros e de origem, nomeadamente com a Tunísia.
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