"Putin não cede". Chefe da diplomacia alemã diz que Putin não quer paz

"Putin não cede a nenhuma das suas exigências maximalistas: não quer negociações, mas capitulação", disse Wadephul, num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Johann Wadephul

© Markus Scholz/picture alliance via Getty Images

Lusa
30/06/2025 08:40 ‧ há 8 horas por Lusa

Mundo

Johann Wadephul

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Johann Wadephul, acusou hoje o presidente russo, Vladimir Putin, de não ter qualquer vontade de negociar a paz e de querer impor a capitulação da Ucrânia.

 

Embora a Ucrânia esteja pronta para negociações genuínas com Moscovo, "Putin não cede a nenhuma das suas exigências maximalistas: não quer negociações, mas capitulação", disse Wadephul, num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

O chefe da diplomacia alemã garantiu que o país permanece "de forma inabalável" ao lado da Ucrânia, nomeadamente através do envio de sistemas modernos de defesa aérea e de outras armas, além de ajuda humanitária e económica.

A declaração surgiu depois de Wadephul ter chegado à capital ucraniana, Kiev, para uma visita não anunciada.

"A liberdade e o futuro da Ucrânia são a tarefa mais importante da nossa política externa e de segurança" na Europa, afirmou o ministro.

A visita de Wadephul ocorre numa altura em que a Rússia intensifica os ataques com 'drones' (aeronaves não tripuladas) e mísseis contra a Ucrânia e as conversações de paz iniciadas pelos Estados Unidos para pôr fim ao conflito de três anos estão paralisadas.

A Rússia está "a apostar no enfraquecimento do nosso apoio" e "quer a conquista e a submissão a qualquer custo --- mesmo que isso custe centenas de milhares de vidas", disse o ministro.

Wadephul defendeu que será na Ucrânia que se decidirá se a Europa permanecerá "um lugar onde a liberdade e a dignidade humana são valorizadas" ou se se tornará "um continente onde a violência transcende fronteiras".

O ministro referiu ainda o aumento das despesas com a defesa para, pelo menos, 5% do Produto Interno Bruto, acordado pelos países da NATO, como um fator-chave para garantir a segurança do continente europeu.

Enquanto a Rússia recusar verdadeiras negociações de paz, "continuaremos a limitar os meios de Putin para financiar a sua guerra criminosa através de sanções", acrescentou Wadephul.

Berlim está a trabalhar em novas sanções económicas "dentro da UE e com os nossos parceiros do G7 com a máxima determinação", garantiu o chefe da diplomacia alemã.

No domingo, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia afirmou que o último ataque massivo russo, no qual os militares da Rússia utilizaram cerca de 500 'drones' e mísseis de vários tipos, demonstra a urgência de novas sanções contra Moscovo.

"O crescente nível de terror comprova a urgência de novas sanções. A União Europeia e os Estados Unidos precisam delas, não apenas para a Ucrânia, mas também para si próprios", escreveu Andrii Sybiha, na rede social X.

O ministro disse ainda que "desviar recursos da máquina terrorista da Rússia é agora uma questão de segurança transatlântica".

Leia Também: Kyiv quer alinhar-se com Europa em sanções ao Irão. "Regime brutal"

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