Maputo quer encerrar maior lixeira a céu aberto em Moçambique

O município de Maputo promete concluir o encerramento da maior lixeira a céu aberto em Moçambique até finais de 2028, justificando que está condicionado pela entrada em funcionamento de um novo aterro sanitário, também na capital do país.

Quando o fim de uma lixeira é angústia para centenas de catadores moçambicanos

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Lusa
12/07/2025 10:27 ‧ há 5 horas por Lusa

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"Há uma série de atividades que devem decorrer para se considerar que a lixeira está completamente encerrada, tem a ver com questões ambientais e até finais de 2028, mas pode acontecer antes, é uma questão apenas de ter certezas, e nós temos certeza de que no decurso de 2028 estaremos a trabalhar nisso e até ao final teremos concluído esta atividade", declarou o vereador de Infraestruturas e Salubridade no Conselho Municipal da Cidade de Maputo, João Munguambe, citado hoje pela comunicação social.

 

Respondendo a perguntas de membros da assembleia municipal, o responsável adiantou que o encerramento da lixeira de Hulene, no centro de Maputo, está agora condicionado pelo avanço das obras do aterro sanitário no distrito da Katembe, na margem sul da baía da capital, que deverá passar a receber resíduos sólidos da capital moçambicana.

"Antes de fechar a lixeira ou encerrar a lixeira de Hulene temos que ter um novo sítio onde ir colocar e, de acordo com aquilo que está programado, até 2027 nós teremos o aterro em funcionamento, concluído e em funcionamento. Só depois é que começa o processo de encerramento", disse o vereador.

Em 21 de janeiro, a Lusa noticiou que o Município da Cidade de Maputo lançou um concurso para encerrar a lixeira de Hulene, numa operação de quase 10 milhões de euros e que inclui um plano de aproveitamento de toneladas de resíduos.

Desde o incidente de 2018, ano em que 16 pessoas morreram naquele local na sequência do desabamento de uma parte da lixeira, as autoridades municipais têm estado a receber diversos apoios para gestão de resíduos, mas o encerramento efetivo não tem ainda data prevista.

Por dia, estima-se que mais de 1.200 toneladas de resíduos sólidos sejam depositadas nos mais de 25 hectares da maior lixeira de Moçambique, localizada em Hulene, nos subúrbios de Maputo, ao longo de uma das principais artérias da capital, a avenida Julius Nyerere.

A maior lixeira da capital moçambicana foi notícia internacional quando, na madrugada de 19 de fevereiro de 2018, uma parte, com a altura de um edifício de três andares, desabou devido à chuva forte e abateu-se sobre diversas habitações precárias do bairro.

Das 16 pessoas que morreram no local, sete eram crianças, num episódio que levantou debates entre ambientalistas sobre o impacto da lixeira, a maior do país, numa área residencial.

Leia Também: Governo de Moçambique cria equipa para apoiar sem abrigo em Maputo

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