Trump "adorou Colbert demitido". Quem se segue? O presidente 'sabe'

O chefe de Estado dos EUA, Donald Trump, mostrou-se feliz com o término do programa 'The Late Night Show', que terá a sua última temporada em maio de 2026. Mas para além da "demissão de Colbert", há mais em vista - pelo menos, para Trump.

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© Yuri Gripas/Abaca/Bloomberg via Getty Images

Teresa Banha com Lusa
18/07/2025 16:36 ‧ há 6 horas por Teresa Banha com Lusa

Mundo

EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enalteceu, esta sexta-feira, o cancelamento do programa 'The Late Show with Stephen Colbert', emitido pela CBS. A estação de televisão norte-americana anunciou que o programa com Colbert vai terminar em maio de 2026.

 

Trump está na mira de alguns 'sketches' cómicos de Colbert, que se relacionam com a atualidade, sendo um não fã assumido do apresentador. Mais uma vez, não escondeu que este não era da sua preferência: "Adoro que o Colbert tenha sido despedido. O seu talento era ainda menor do que as suas audiências."

A posição foi assumida esta manhã na sua rede social, Truth Social, onde o chefe de Estado norte-americano dá 'pistas' sobre a eventual saída dos nomes mais conhecidos destes formatos televisivos - de que não é fã e por quem é criticado.

O presidente também atacou o apresentador do talk show 'Late Night', da ABC, Jimmy Kimmel: "Ouvi dizer que Jimmy Kimmel é o próximo. Tem ainda menos talento do que o Colbert!", escreveu Trump. Depois, elogiou Greg Gutfeld, que trabalhada para a Fox, canal televisivo conversador. "Greg Gutfeld é melhor do que todos eles juntos, incluindo o idiota da NBC que arruinou o outrora grande Tonight Show", rematou, referindo-se a Jimmy Fallon, outro crítico.

Durante a emissão, Colbert anunciou o cancelamento, dizendo, quando a plateia vaiou o anúncio: "Partilho o vosso sentimento".

O apresentador, ator e comediante especificou que era o fim do 'The Late Show', um dos programas mais antigos da cadeia, e não apenas o termo da sua passagem pelo lugar.

"Não vou ser substituído. Isto tudo vai acabar", disse Colbert, citado pela imprensa norte-americana, acrescentando que estava "profundamente grato às 200 pessoas" que trabalham no programa, porque "têm sido grandes parceiros."

O formato "late night", que se refere a programas da televisão norte-americana transmitidos ao final da noite, com entrevistas e 'sketches' cómicos, relacionados com a atualidade, foi introduzido na CBS em 1993 pelo apresentador David Letterman.

Letterman manteve-se à frente do 'The Late Show with...' até à sua reforma, em 2015, sendo então substituído por Stephen Colbert, que se distinguira na versão inicial do 'The Daily Show with Jon Stewart', na altura um dos maiores sucessos da Commedy Central.

Os trabalhadores da CBS foram apanhados de surpresa pelo anúncio da administração. "Estamos perplexos", disse um deles ao jornal The Washington Post.

Segundo a imprensa norte-americana especializada, há rumores de que tanto Colbert como Jon Stewart - que regressou à apresentação do 'The Daily Show' com o anúncio da segunda candidatura de Trump à Casa Branca -, estão na mira dos executivos seniores da Skydance Media, que em breve irá adquirir a Paramount Global.

O CEO da Skydance, David Ellison, conta com apoio do presidente dos EUA, Donald Trump, que ambos os apresentadores criticaram nos seus programas, noticiou a Variety.

Porquê agora?

O anúncio do término do programa foi feito na quinta-feira, dias depois de Colbert se ter manifestado contra o acordo de 16 milhões de dólares (perto de 13,8 milhões de euros) pagos pela Paramount, a 'empresa-mãe' da CBS, para pôr fim a um processo movido por Donald Trump contra a CBS News, durante a campanha presidencial do ano passado.

Na segunda-feira, Stephen Colbert disse na abertura do 'The Late Show': "Enquanto estava de férias, a minha empresa-mãe, a Paramount, pagou a Donald Trump um acordo de 16 milhões de dólares pelo processo contra o programa '60 Minutes'. Como alguém que sempre foi um orgulhoso trabalhador desta estação, estou ofendido. E não sei se alguma vez alguma coisa me devolverá a confiança nesta empresa, mas, só para lhe dar uma oportunidade, diria que 16 milhões de dólares ajudariam."

Colbert associou ainda o acordo com Trump à fusão pendente de oito mil milhões de dólares (perto de sete mil milhões de euros) da Paramount com a Skydance Media, que requer a aprovação da Comissão Federal de Comunicações (FCC) e do seu presidente, escolhido por Trump, Brendan Carr.

O "nome técnico nos círculos jurídicos" para o acordo, concluiu Stephen Colbert, é um "suborno bastante gordo."

Leia Também: Programa 'The Late Show with Stephen Colbert' cancelado pela CBS

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