"Viemos a esta zona para protestar e dizer: Esta terra é nossa, não vossa", explicou Ghassan Bazour, chefe do conselho da aldeia de Raba, no norte da Cisjordânia.
Os colonatos judaicos na Cisjordânia são regularmente denunciados pela ONU como ilegais, de acordo com o direito internacional.
Postos avançados como o que foi estabelecido em Raba durante a noite --- compostos por tendas e caravanas --- são ilegais, segundo a lei israelita.
Um grupo de homens que agitava bandeiras palestinianas e do partido Fatah, do Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, marchou de Raba até uma colina próxima, onde os colonos tinham estabelecido um posto avançado.
Depois de realizarem as orações de sexta-feira no sopé da colina, os manifestantes seguiram em direção ao posto avançado, até que os soldados israelitas chegaram e dispersaram o protesto com granadas de gás lacrimogéneo.
A organização humanitária Crescente Vermelho Palestiniano indicou ter tratado 13 pessoas que inalaram gás lacrimogéneo.
A violência na Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967, tem aumentado desde que o movimento islamita palestiniano Hamas, no poder na Faixa de Gaza, atacou solo israelita, a 07 de outubro de 2023, o que desencadeou a guerra em Gaza.
Pelo menos 956 palestinianos, incluindo muitos combatentes, mas também muitos civis, foram mortos por soldados ou colonos judaicos, de acordo com uma contagem baseada em dados da Autoridade Palestiniana.
Ao mesmo tempo, pelo menos 36 israelitas, incluindo civis e soldados, foram mortos em ataques palestinianos ou durante operações militares israelitas, indicam dados oficiais israelitas.
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