"Graças à liderança do Presidente [Donald Trump], 10 americanos que estavam detidos na Venezuela estão a caminho da liberdade", afirmou o secretário de Estado norte-americano na rede social X.
"Até hoje, foram detidos injustamente na Venezuela mais americanos do que em qualquer outro país do mundo. É inaceitável que representantes do regime venezuelano tenham prendido e encarcerado cidadãos americanos em circunstâncias altamente questionáveis e sem o devido processo legal. Todos os americanos detidos injustamente na Venezuela estão agora livres e de volta à nossa pátria", adiantou.
Rubio adianta que o acordo, além da libertação de todos os detidos norte-americanos, prevê a libertação de presos políticos venezuelanos, agradecendo a sua concretização à sua equipa e "especialmente" ao Presidente de El Salvador, Nayib Bukele.
"Também saudamos a libertação dos presos políticos e detidos venezuelanos que também foram libertados das prisões venezuelanas. A Administração Trump continua a apoiar a restauração da democracia na Venezuela. O uso de detenções injustas como ferramenta de repressão política por parte do regime deve acabar. Reiteramos o nosso apelo à libertação incondicional dos restantes presos políticos e cidadãos estrangeiros detidos de forma injusta e arbitrária", referiu o secretário de Estado norte-americano.
Ainda no âmbito do acordo, serão entregues à Venezuela todos os cidadãos venezuelanos detidos em El Salvador sob acusação de pertencerem à organização criminosa Tren de Aragua, segundo as autoridades dos três países.
Estes cidadãos venezuelanos haviam sido deportados dos Estados Unidos, no âmbito das operações de detenção de imigrantes ilegais levadas a cabo por ordem do Presidente Donald Trump.
O Presidente de El Salvador anunciou hoje que "todos" os venezuelanos detidos numa mega-prisão salvadorenha foram devolvidos ao seu país, estando atualmente a caminho da Venezuela a bordo de dois aviões enviados por Caracas.
"Hoje entregámos todos os cidadãos venezuelanos detidos no nosso país, acusados de pertencerem à organização criminosa Tren de Aragua. Muitos deles enfrentam múltiplas acusações de homicídio, roubo, violação e outros crimes", anunciou Nayib Bukele na rede social X.
Em abril, o Presidente de El Salvador propôs ao homólogo da Venezuela, Nicolás Maduro, que os detidos venezuelanos no seu país fossem trocados por "presos políticos" na Venezuela, uma proposta que Caracas descreveu como "cínica".
Aliado fundamental da administração de Donald Trump na luta contra a imigração clandestina, Bukele concordou, em março, receber vários aviões que transportavam os 252 venezuelanos que Washington acusava de pertencerem ao Tren de Aragua, declarado organização terrorista pouco antes.
Para prender e deportar a maioria deles, a administração Trump invocou uma lei de 1798 sobre inimigos no estrangeiro.
As autoridades norte-americanas e salvadorenhas não publicaram uma lista dos deportados nem apresentaram provas que sustentem as suas acusações.
[Notícia atualizada às 23h49]
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