O presidente cabo-verdiano defendeu hoje uma mobilização de recursos "através da diplomacia humanitária, dos jogos sociais" e outras parcerias para apoiar a Cruz Vermelha no arquipélago, numa mensagem alusiva aos 50 anos da instituição, que hoje se assinalam.
"A descontinuidade territorial, resultante da nossa condição arquipelágica, provoca constrangimentos ao desenvolvimento do país, quando a integração entre as ilhas não é satisfatoriamente garantida", referiu José Maria Neves.
"Consequentemente, as operações da Cruz Vermelha e da Proteção Civil também saem afetadas por esta circunstância", acrescentou, num apelo à mobilização.
A mensagem do chefe de Estado foi divulgada durante a Conferência Humanitária Internacional, organizada pela Cruz Vermelha de Cabo Verde, na capital, Praia.
A instituição mobiliza cerca de 2.500 voluntários no arquipélago que apoiaram no combate à pandemia da covid-19, assim como da epidemia da dengue, em 2024 e no início deste ano -- além da mitigação de desastres naturais, como a erupção vulcânica do Fogo (2014) ou tempestades.
Arlindo Carvalho, presidente da Cruz Vermelha de Cabo Verde, reafirmou os propósitos da instituição, com trabalho social diário, considerando-a "muito forte e organizada" e virada para o futuro.
As prioridades são o reforço da capacidade de resposta a desastres e a expansão da rede de proteção e promoção da saúde mental nas comunidades.
Noutra mensagem reproduzida durante o evento, a presidente da Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, Kate Forbes, apontou "as impressionantes conquistas dos últimos 50 anos", nomeadamente, a modernização dos sistemas de gestão.
A criação de uma plataforma de jogos sociais, um laboratório de análises clínicas e um armazém da loja social são alguns dos projetos emblemáticos da Cruz Vermelha em Cabo Verde.
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