A Polícia Metropolitana de Londres deteve, este sábado, 55 pessoas por exibirem cartazes de apoio à Palestine Action, um grupo que há pouco mais de duas semanas foi considerado como terrorista.
"As detenções foram feitas ao abrigo da Secção 13 da Lei do Terrorismo de 2000, que prevê uma pena máxima de seis meses de prisão", explicam as autoridades em comunicado.
Os protestos deste sábado decorreram em Westminster, mas ações semelhantes são também organizadas em Manchester, Edimburgo, Bristol e Truro, depois de o grupo ter sido oficialmente designado como uma organização terrorista proibida há duas semanas.
O parlamento britânico aprovou no início de julho a proibição da atividade do grupo Palestine Action no Reino Unido e classificou-o como "organização terrorista".
O processo foi desencadeado pelo Governo após um ato de vandalismo numa base aérea.
Grupo pró-Palestina invade base aérea britânica: "Ato de vandalismo"
Duas pessoas do grupo 'Palestine Action' invadiram a maior base aérea britânica com trotinetes e danificaram duas aeronaves militares por serem cúmplices do "genocídio em Gaza". O primeiro-ministro, Keir Starmer, lamentou o "ato de vandalismo".
Márcia Guímaro Rodrigues | 11:59 - 20/06/2025Na altura, o grupo Palestine Action alegou que o protesto visou interromper "a participação direta do Reino Unido" em "genocídios e crimes de guerra no Médio Oriente", nomeadamente na guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, enclave palestiniano.
Peritos da ONU criticaram a decisão de Londres, assinalando que "meros danos materiais, sem colocar em perigo a vida de outras pessoas, não são suficientemente graves para serem classificados como terrorismo".
Nos últimos dias já foram detidas dezenas de pessoas, incluindo um padre e profissionais da saúde, por terem participado igualmente numa manifestação de apoio à organização Palestine Action.
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