"Tailândia reafirma compromisso de resolver disputas por meios pacíficos"

A Tailândia insistiu hoje numa solução pacífica para o conflito fronteiriço com o Camboja, enquanto os ataques entre os dois países, com disputas territoriais históricas, continuam pelo terceiro dia, causando 32 mortos, dezenas de feridos e milhares de desalojados.

Fronteira Tailândia Cambodja

© CHANAKARN LAOSARAKHAM/AFP via Getty Images

Lusa
26/07/2025 09:55 ‧ há 9 horas por Lusa

Mundo

Tailândia

"A Tailândia reafirma o seu compromisso de resolver as disputas por meios pacíficos, de acordo com os princípios do direito internacional", disse em conferência de imprensa o ministro das Relações Exteriores, Maris Sangiampongsa, instando o Camboja a "retomar o processo de negociação bilateral".

 

As forças cambojanas iniciaram um novo ataque às 5:10, hora local (23:10 de sexta-feira em Lisboa), segundo as forças navais tailandesas, que "conseguiram repelir a incursão" e lançaram uma nova operação na província fronteiriça de Trat, no Golfo da Tailândia.

As hostilidades, até agora concentradas em vários pontos das províncias de Surin, Sisaket, Ubon Ratchathani e Buriram, estenderam-se entretanto ao longo da fronteira em direção ao sul.

Na noite de sexta-feira, o Comando de Defesa Fronteiriça tailandês declarou a lei marcial em oito distritos das províncias de Chanthaburi e Trat, adjacentes ao Camboja, com o objetivo de facilitar a movimentação de tropas, polícias e civis.

O Ministério da Defesa do Camboja também confirmou que o conflito entre Banguecoque e Nom Pen continua pelo terceiro dia consecutivo, com 19 baixas do lado tailandês (13 civis e seis militares) e 13 do lado cambojano (oito civis e cinco soldados).

A Tailândia registou dezenas de feridos, enquanto o Camboja fala de cerca de 50, e entre ambos acumulam cerca de 180.000 deslocados.

Tanto Banguecoque como Nom Pen pronunciaram-se na sexta-feira a favor do cessar-fogo proposto pelo primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, como líder do país que detém a presidência rotativa da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), da qual a Tailândia e o Camboja fazem parte.

Ao mesmo tempo, na reunião do Conselho de Segurança da ONU realizada na sexta-feira em Nova Iorque para debater os confrontos entre os dois países asiáticos, Nom Pen solicitou "um cessar-fogo imediato e incondicional e uma solução pacífica", segundo explicou o porta-voz dos Negócios Estrangeiros, Chum Sonry.

Leia Também: Novo balanço aponta para 32 mortos nos confrontos entre Camboja e Tailândia

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