"Uma solução de dois Estados é essencial para uma paz duradoura na região", enfatizou o chefe de Estado turco durante a sua conversa telefónica com Macron, apelando à comunidade internacional para agir com urgência para lidar com a situação humanitária na Faixa de Gaza, segundo um comunicado da presidência turca.
Erdogan "felicitou o Presidente francês, Macron, pela sua decisão de reconhecer a Palestina como um Estado", acrescentou.
Uma fonte diplomática revelou hoje que o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Nuh Yilmaz, vai participar numa conferência copresidida pela França e pela Arábia Saudita em Nova Iorque na segunda e terça-feira, com o objetivo de reavivar a ideia de uma solução de dois Estados no Médio Oriente.
A França teve de defender o anúncio de Macron na última semana, alegando que a intenção era "provar que o campo da paz estava certo", em resposta às duras críticas de Israel e dos Estados Unidos, que acusam Paris de fazer o jogo do grupo islamita Hamas.
Na quinta-feira, Macron anunciou que a França vai reconhecer o Estado da Palestina.
"Fiel ao seu compromisso histórico com uma paz justa e duradoura no Médio Oriente, decidi que a França reconhecerá o Estado da Palestina. Farei o anúncio formal na Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro próximo", escreveu o chefe de Estado francês no X.
A decisão da França fez com que o vice-primeiro-ministro israelita, Yariv Levin, a considerasse uma "instigação direta ao terrorismo", enquanto a Organização para a Libertação da Palestina a saudou.
O Hamas aplaudiu o Presidente francês por prometer reconhecer Estado da Palestina e apelou a outros países que sigam o exemplo.
"Consideramos este um passo positivo na direção certa para fazer justiça ao nosso povo palestiniano oprimido e apoiar o seu legítimo direito à autodeterminação", afirmou em comunicado o Hamas, baseado na Faixa de Gaza e considerado terrorista por Israel, Estados Unidos, União Europeia e vários outros países.
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