As eleições decorrem um ano depois das presidenciais de 28 de julho de 2024, em que Nicolás Maduro foi proclamado Presidente da Venezuela até 2031.
A oposição contestou os resultados e insistiu que Edmundo González Urrutia foi o vencedor, reclamando que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ainda não divulgou os resultados desagregados por mesa.
Para as autárquicas, foram chamados mais de 21,5 milhões de eleitores, incluindo 227.281 venezuelanos recenseados no estrangeiro.
Neste dia, decorre também a primeira consulta popular da juventude, promovida pelo Governo venezuelano, para decidir sobre mais de 37.000 projetos de desenvolvimento de comunidades, apresentados por jovens.
"O processo é rápido, no dia de hoje cada quem já sabe como e por quem votar", disse uma eleitora à Lusa.
Pouco mais de uma dezena de eleitores verificavam, pelas 08:30 (13:30 em Lisboa), os nomes nos cadernos eleitorais do Liceu Andrés Bello, no centro de Caracas, para saber em qual mesa votariam.
Nas proximidades, era visível a presença de militares, mas escassa a presença de eleitores, apesar de a zona ser conhecida como residência de imigrantes espanhóis, portugueses e italianos.
A baixa presença de eleitores repetia-se na Escola Experimental Venezuela e em outros liceus das proximidades.
Indeciso sobre quem escolher, o comerciante luso-venezuelano José Gonçalves dirigia-se à Unidade Educativa Jesus Enrique Lossada, de Chapellin (centro-leste) para "cumprir o direito e a obrigação" de votar.
"Vai ser algo do momento, da inspiração. Por motivos profissionais não acompanhei a campanha, mas algumas caras já são conhecidas. Sobre os projetos como não conheço os pormenores, vou votar pelos que me pareçam mais úteis e urgentes", disse à Lusa.
Em Los Cedros, no centro-leste da cidade, era visível a baixa afluência de eleitores no Colégio Universitário de Caracas.
"É domingo e aos domingos as pessoas levantam-se mais tarde. Eu própria não pensava vir agora, mas como ia à missa, optei por passar e votar", disse Matilde Benedetti, doméstica, considerando que todos devem votar, mesmo se não forem os candidatos preferidos.
"Só quem vota pode exigir e opinar", frisou.
O Conselho Nacional Eleitoral venezuelano indicou que estão ativas 15.731 assembleias de voto com 20.410 mesas instaladas em 596 circunscrições regionais de 335 municípios.
Os centros eleitorais abriram pelas 06h00 (11h00 em Lisboa) e deverão encerrar pelas 18h00 (23h00 em Lisboa), permanecendo abertas as assembleias de voto até que não haja eleitores à espera para votar.
A participação de candidatos opositores é inferior à registada em eleições anteriores, dado o apelo da oposição ao boicote.
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