Irão rejeita declarações dos EUA sobre fracasso de cessar-fogo em Gaza

O Irão rejeitou hoje as declarações do presidente dos Estados Unidos, que acusou Teerão de ser responsável pelo fracasso das últimas negociações para um cessar-fogo entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas.

Esmaeil Baghaei

© ATTA KENARE/AFP via Getty Images

Lusa
29/07/2025 14:41 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Médio Oriente

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Esmaeil Baghaei, reiterou que, tal como outros países, o Irão condenou o "genocídio cometido por Israel" na Faixa de Gaza e apelou para um cessar-fogo, sublinhando que Washington faz estas acusações para se esquivar de envolvimento "nos crimes na Palestina".

 

É por isso que as últimas acusações de Donald Trump são "absolutamente infundadas", disse Baghaei.

O porta-voz sublinhou que a posição do Hamas em defesa dos palestinianos é suficientemente forte para não necessitar da intervenção de terceiros nas negociações.

"Estas declarações são uma forma de iludir a responsabilidade dos Estados Unidos nos crimes cometidos pelo regime sionista contra o povo palestiniano", adiantou Baghaei, salientando que mais de 60.000 pessoas foram mortas por bombas e ataques israelitas desde 07 de outubro de 2023.

Baghaei salientou que Washington é responsável pelo cerco de Gaza, pela obstrução de Israel à distribuição de ajuda e pelas mortes causadas pela fome, enquanto os palestinianos continuam a cair nas "armadilhas mortais" de Israel.

O porta-voz instou as autoridades norte-americanas a deixarem de enviar armas para Israel e forçarem o Governo israelita a pôr fim ao "genocídio, permitir a entrega de ajuda humanitária e a distribuição honrosa" através de canais aprovados pela comunidade internacional e pelas organizações não-governamentais.

Na segunda-feira, Trump acusou Teerão de interferir nas negociações entre Israel e o Hamas, durante um encontro com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, na Escócia.

O Presidente norte-americano afirmou que o Irão alegadamente envolveu-se na negociação dando sinais e ordens ao movimento palestiniano. 

O conflito em Gaza começou depois dos ataques liderados pelo grupo extremista Hamas a 07 de outubro de 2023, nos quais morreram cerca de 1.200 pessoas e mais de duas centenas foram feitas reféns.

A retaliação de Israel já causou mais de 60.000 mortos, a destruição de quase todas as infraestruturas em Gaza e a deslocação forçada de milhares de pessoas. 

Israel também impôs um bloqueio à entrada de ajuda humanitária no enclave, onde mais de 140 pessoas morreram de desnutrição e fome. 

Leia Também: Teerão executa dois membros de movimento armado proscrito pelo regime

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