Colónias de vermes e moluscos descobertas no mar a 10 km de profundidade

Descoberta sugere que outros organismos poderão desenvolver-se nas condições extremas do fundo oceânico em grande parte inexplorado.

vermes tubulares, poliquetas tubícolas, fossa das aleutas

© Institute of Deep-sea Science and Engineering, CAS (IDSSE, CAS)

Lusa
30/07/2025 18:14 ‧ ontem por Lusa

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Estudo

Uma equipa de cientistas chineses descobriu moluscos e vermes a quase 10 mil metros de profundidade, as colónias de organismos observadas mais fundo no mar até agora, indica um estudo divulgado hoje na revista científica Nature.

 

Os investigadores consideram que a descoberta sugere que outros organismos poderão desenvolver-se nas condições extremas do fundo oceânico em grande parte inexplorado.

A maioria das formas de vida na Terra depende da luz solar, essencial para a fotossíntese, sobrevivendo os seres vivos encontrados na escuridão total do fundo oceânico graças a substâncias químicas, como o sulfureto de hidrogénio e o metano, que se infiltram através de falhas nas placas tectónicas, processo designado de quimiossíntese.

Utilizando o submersível chinês 'Fendouzhe', foram realizados o ano passado 23 mergulhos na Fossa das Marianas, no Oceano Pacífico Ocidental, tendo os cientistas descoberto, a profundidades que variam entre os 2.500 e os 9.533 m, colónias de milhares de vermes tubulares e moluscos chamados bivalves.

Na imagem acima, pode ver poliquetas tubícolas, que são dominantes a 6870 metros de profundidade na fossa mais profunda das Aleutas, com manchas de tapetes microbianos brancos.

A missão percorreu mais de 2.500 quilómetros de superfície ao longo de ambas as fossas, com profundidades que variam entre os 5.800 e os 9.533 metros.

Segundo o estudo, estas são "as maiores e mais profundas comunidades baseadas na quimiossíntese conhecidas até hoje na Terra".

Poucas pessoas conseguiram visitar o fundo da Fossa das Marianas, o vale subaquático mais profundo do planeta, refere a agência noticiosa France-Presse.

A depressão em forma de crescente, mais profunda do que o Monte Evereste, foi visitada por exploradores pela primeira vez em 1960 e nenhuma outra missão foi realizada até à primeira viagem a solo do cineasta norte-americano James Cameron ao fundo, em 2012.

O realizador de "O Abismo" descreveu a paisagem como "estranha" e "desolada", adianta a AFP, indicando que a pressão no fundo da vala atinge mais de uma tonelada por centímetro quadrado, quase 1.100 vezes a do nível do mar.

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