"Oportunidade". Yunus pede reformas um ano depois de queda da antecessora

O líder interino do Bangladesh, Muhammad Yunus, defendeu hoje ser necessário fazer reformas no país, por ocasião do primeiro aniversário da queda da ex-primeira-ministra Sheikh Hasina.

Muhammad Yunus

© Getty Images/MUNIR UZ ZAMAN/AFP

Lusa
05/08/2025 11:17 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Bangladesh

O "reinado" incontestado de Hasina (2009-2024) foi marcado por numerosas violações dos direitos humanos, incluindo detenções arbitrárias e execuções extrajudiciais de opositores políticos.

 

Exilada na Índia, a ex-primeira-ministra está a ser julgada à revelia pelos tribunais do Bangladesh por ordenar a repressão de protestos estudantis.

"Hoje assinala-se um capítulo inesquecível na História do Bangladesh", disse o Prémio Nobel da Paz, de 85 anos, numa referência ao dia em que se marca um ano da "libertação da amada nação das garras de um poder fascista de longa data".

"O sacrifício de milhares de pessoas deu-nos a rara oportunidade de liderar uma reforma nacional e devemos proteger isso a todo o custo", considerou Yunus, numa carta publicada por ocasião do aniversário.

O líder observou ainda que, apesar dos "numerosos esforços de reforma" do Governo interino, está ainda pendente um acordo para impedir qualquer regresso do regime autoritário ao Bangladesh.

No clima de tensões políticas exacerbadas que persiste desde a queda de Sheikh Hasina, Yunus prometeu realizar eleições gerais em abril de 2026, assim que forem adotadas uma série de reformas que considera essenciais para reforçar a democracia.

"O diálogo continua entre os partidos políticos e as partes interessadas sobre as reformas necessárias, incluindo as dos sistemas político e eleitoral", escreveu Yunus na carta.

Em junho, o primeiro-ministro interino garantiu que não pretende manter-se no poder após as eleições.

Os confrontos entre as forças de segurança e os manifestantes contra a ex-primeira-ministra causaram pelo menos 1.400 mortos, de acordo com a ONU, antes de Hasina ter fugido para a Índia.

Em 10 de julho, um tribunal especial indiciou a primeira-ministra deposta do Bangladesh por crimes contra a humanidade durante a revolta popular realizada no ano passado.

O tribunal abriu o julgamento a 05 de junho e solicitou que Hasina comparecesse, tendo as autoridades publicado anúncios nos jornais a pedir que a primeira-ministra deposta, exilada na Índia, se apresentasse no tribunal.

Leia Também: Líder interino promete eleições "livres e transparentes" no Bangladesh

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