As forças de segurança russas detiveram 300 pessoas suspeitas de imigração ilegal num abrigo no centro de Moscovo, noticiou hoje a agência estatal russa TASS.
"Cerca de 300 pessoas foram detidas por suspeita de violar as leis de imigração e levadas para a esquadra", disse uma fonte citada pela agência.
A operação foi organizada pelo Comité de Investigação Russo e pelos esquadrões de choque da Guarda Nacional Russa em Moscovo, que invadiram o abrigo e verificaram os documentos de cerca de 400 pessoas alojadas no local.
Esta operação acontece um dia depois do início do julgamento dos acusados pelo ataque terrorista na sala de concertos Crocus City Hall, no ano passado, que fez quase 150 mortos e 200 feridos.
No dia 22 de março de 2024, homens armados abriram fogo na sala de espetáculos situada nos arredores da capital russa e incendiaram-na, causando 149 mortos e 609 feridos, num dos piores atentados da história recente da Rússia.
Cerca de metade das vítimas foi morta pelo fumo e monóxido libertados pelo incêndio no auditório e não por tiros.
O ataque desencadeou uma onda de xenofobia na Rússia contra cidadãos de países da Ásia Central e, desde então, as forças de segurança russas intensificaram a perseguição aos migrantes dessa região, em linha com um reforço do discurso político anti-imigração no país.
Quatro cidadãos do Tajiquistão, antiga república soviética da Ásia Central, estão no banco dos réus do julgamento do atentado à sala de concertos, juntamente com alegados 15 cúmplices, acusados de pertencerem à grupo extremista Estado Islâmico.
No mês passado, a polícia russa reportou a detenção de 500 pessoas de países da Ásia Central, o que irritou os governos de origem dos migrantes.
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