O objetivo "é realizar voos de proteção em casos de alarme no âmbito do 'Quick Reaction Alert' [Alerta de Reação Rápida]", afirmou um porta-voz da força aérea à agência de notícias espanhola EFE.
Os cinco caças foram destacados na terça-feira e vão operar a partir da base de Minsk Mazowiecki, situada perto da fronteira oriental da Polónia com a Bielorrússia, onde vão permanecer até 03 de setembro.
A pedido de Varsóvia, a força aérea alemã tem vindo a realizar tarefas de apoio na vigilância do espaço aéreo polaco desde abril, mas até agora os caças têm descolado da base alemã de Rostock, no norte do país.
"Esta missão é um sinal claro de solidariedade no seio da NATO e serve para produzir uma dissuasão credível, bem como para proteger o espaço aéreo comum", disse uma porta-voz da força aérea alemã ao jornal Bild.
O destacamento dos caças está ligado aos exercícios militares Zapad que a Rússia e a Bielorrússia vão realizar conjuntamente em setembro, nos quais se espera a participação de cerca de 13.000 soldados, segundo o jornal.
A mesma publicação noticiou que 150 soldados alemães foram transferidos para a base polaca para apoiar as operações dos caças Eurofighter no âmbito da missão da NATO.
Entretanto, o primeiro comboio com pessoal e equipamento militar da Rússia chegou hoje à Bielorrússia para preparar e participar no exercício militar estratégico Zapad 2025, avançou a agência de notícias estatal bielorrussa Belta.
O Zapad 2025 representa a principal etapa do treino conjunto dos dois exércitos este ano, segundo a agência, que cita o Ministério da Defesa da Bielorrússia, país aliado da Rússia.
"Tencionamos praticar novas formas e métodos de aplicação das unidades terrestres, depois de analisarmos os últimos conflitos militares modernos", declarou o vice-comandante do Operacional do Noroeste bielorrusso, Pavel Shebeko, citado pela Belta.
Os exercícios realizam-se regularmente de dois em dois anos, alternadamente no território da Bielorrússia e da Federação Russa, acrescentou.
A Bielorrússia apoia a Rússia na guerra contra a Ucrânia e é alvo de sanções por parte da UE por ter permitido a utilização do território bielorrusso para o lançamento da invasão em fevereiro de 2022.
A UE tem condenado "o apoio militar continuado à guerra de agressão da Rússia prestado pela Bielorrússia".
Também exige a Minsk que deixe de permitir à Rússia a instalação de armas nucleares táticas no país, conforme resoluções aprovadas em Conselho Europeu.
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