Pequim classifica Lai de "belicista" por exagerar ameaça chinesa

A China acusou hoje o líder de Taiwan, William Lai, de "belicismo" e "separatismo", por "exagerar a ameaça chinesa" durante um discurso na terça-feira, na abertura do Fórum Ketagalan, dedicado a temas de segurança, em Taipé.

porta-voz do Gabinete para os Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado, Zhu Fenglian,

© VCG/VCG via Getty Images

Lusa
07/08/2025 07:43 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

China

A porta-voz do Gabinete para os Assuntos de Taiwan do Conselho de Estado, Zhu Fenglian, afirmou que Lai "aderiu obstinadamente à posição separatista da independência de Taiwan e à estratégia errada de depender de potências estrangeiras para procurar a independência".

 

Zhu acusou o líder taiwanês de "promover a falsa narrativa de democracia contra autoritarismo" e de revelar a sua "verdadeira natureza de sabotador da paz, belicista e provocador".

Segundo a responsável, durante o primeiro ano do seu mandato, Lai impulsionou a "desvinculação e rutura dos laços através do Estreito [de Taiwan], prejudicando os intercâmbios e interações".

"Lai negligenciou a economia e o bem-estar da ilha, traindo sem escrúpulos Taiwan, prejudicando os seus interesses e enfraquecendo a sua economia", acrescentou.

A porta-voz advertiu ainda que "quem persegue a independência de Taiwan e o separatismo acabará inevitavelmente por provocar a sua própria destruição".

No seu discurso, William Lai afirmou que o orçamento da Defesa de Taiwan representará cerca de 3% do Produto Interno Bruto em 2026, valor semelhante ao deste ano, reiterando o compromisso em manter o "status quo" e garantir a "paz e estabilidade" no Estreito.

Lai denunciou as atividades militares da China no Estreito de Taiwan e nos mares do Sul e do Leste da China acusando-as de representarem "um desafio sem precedentes à ordem internacional baseada em regras" e apelou à união das democracias do mundo perante a "expansão contínua do autoritarismo".

Pequim considera Taiwan uma "parte inalienável" do território chinês e não exclui o recurso à força para alcançar a "reunificação" com a ilha.

Nos últimos anos, a China intensificou a pressão diplomática e militar sobre Taiwan, realizando com maior frequência exercícios militares nas imediações da ilha e forçando a perda de aliados diplomáticos de Taipé em favor de Pequim.

Desde 2016, Taiwan é governada pelo Partido Democrático Progressista (PDP), formação de tendência soberanista, que defende que a ilha é, de facto, um país independente, sob o nome de República da China, e que o seu futuro só pode ser decidido pelos seus 23 milhões de habitantes.

Leia Também: Taiwan recebe primeiro lote de drones de combate Altius-600M

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