Uma mulher, vítima de violência doméstica, fingiu uma chamada para uma farmácia para pedir socorro à Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, no Brasil.
O caso, que foi dado a conhecer na terça-feira, ocorreu em Campo Grande, e foi divulgado um áudio da chamada pela imprensa brasileira.
No áudio das autoridades, é possível ouvir a mulher a pedir "dipirona", um medicamento usado principalmente como analgésico e antipirético, o que levou o polícia que atendeu a vítima a perceber que esta se encontrava em perigo.
"Polícia Militar, emergência", diz o polícia militar ao atender a chamada. "Oi, eu gostaria de um remédio", afirma a mulher. "Remédio senhora? É da polícia", ouve-se o polícia dizer.
A mulher continua: "Sim, um remédio. Dipirona", refere, dizendo a morada do local onde se encontra. "Alguma coisa aí no local?", pergunta o polícia. "Sim, um dipirona", insiste a vítima.
"E está agressiva a pessoa? Responde sim ou não", refere o polícia. "Sim", responde a mulher. "É só um dipirona", continua.
Ao entender que o que o termo "dipirona" indicava, o polícia começou a fazer perguntas codificadas para saber quem era o agressor e o que estava em causa, pedindo-lhe que usasse a palavra para confirmar as suas questões.
"A senhora confirma aí, se for positivo a informação, a senhora fala dipirona novamente. É seu marido?”, pergunta.- "Sim, é a dipirona, sim", respondeu a vítima.
"Agora fala a intensidade da agressividade aí, a senhora miligramas, 10 miligramas, 20 miligramas ou 30 miligramas. Qual é a intensidade da agressividade dele?", questiona ainda. "30", responde a mulher.
Segundo g1, a mulher foi socorrida pela Polícia Militar e foi encontrada sem ferimentos graves. O marido foi detido.
ASSISTA: Mulher liga para a polícia e pede dipirona para denunciar violência doméstica
— Alfinetei (@ALFINETEI) August 6, 2025
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Alguns dias depois da detenção, a vítima voltou a ligar para a polícia, mas, desta vez, para agradecer.
"Dias depois, aquela voz retornou. Não para pedir ajuda, mas para agradecer. O socorro chegou a tempo. Sempre que conseguimos impedir e trazer um alívio para as vítimas e a família, é extremamente gratificante", disse um membro da corporação, citado pelo site brasileiro.
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