Mais de 100 antigos eurodeputados exigem suspensão de acordo UE/Israel

Mais de 100 antigos eurodeputados, entre eles o ex-alto representante para a diplomacia Josep Borrell, exigiram hoje à União Europeia que suspenda o acordo de associação com Israel, que acusam de cometer um "crime de guerra".

Protest in Madrid calling for ceasefire in the Gaza Strip

© Lusa

André Campos Ferrão
11/08/2025 10:07 ‧ há 2 horas por André Campos Ferrão

Mundo

Médio Oriente

De acordo com uma carta, consultada pela Lusa, os 110 antigos eurodeputados, entre eles os socialistas portugueses Maria Belo, Margarida Marques, Jamila Madeira e Ricardo Serrão Santos, e o ex-alto representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, exigiram ao executivo comunitário que suspenda o acordo de associação com Israel por causa da ofensiva na Faixa de Gaza.

 

Os signatários acusam Israel de estar a deixar a população palestiniana morrer à fome deliberadamente e, por isso, estar a cometer um "crime de guerra".

"[Israel] viola os direitos humanos fundamentais nos quais a UE estabelece acordos com países terceiros", sustentaram os 100 antigos membros do Parlamento Europeu.

Apesar de reconhecerem a importância da suspensão da participação de empresas israelitas num programa de financiamento - por estarem a ser utilizadas para a ocupação do enclave palestiniano e o homicídio de civis -, os signatários consideram que "é muito pouco e veio tarde".

Por essa razão, exigem a todos os Estados-membros e à Comissão Europeia, liderada por Ursula von der Leyen, que suspendam o acordo de associação com Israel na totalidade.

Os signatários acrescentam que qualquer decisão que seja contrária a esta não só viola o Tratado da UE, como também é sinónimo de "cumplicidade com este crime de guerra".

O conflito em Gaza foi desencadeado pelos ataques liderados pelo movimento islamita palestiniano Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, onde perto de 1.200 pessoas morreram e cerca de 250 foram feitas reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma vasta operação militar no território, que já provocou mais de 61 mil mortos, segundo as autoridades locais, a destruição de quase todas as infraestruturas do enclave e a deslocação de centenas de milhares de pessoas.

Leia Também: Ministros dos Negócios Estrangeiros da UE discutem paz na Ucrânia e Gaza

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