O senador e pré-candidato presidencial colombiano Miguel Uribe Turbay morreu na manhã desta segunda-feira, após ter ficado gravemente ferido num atentado, em junho.
O senador conservador era candidato à presidência da Colômbia nas eleições de maio de 2026 quando foi baleado e ferido em Bogotá, durante um evento de campanha. O seu governo descreveu o sucedido como um "atentado".
O político de 39 anos estava a discursar numa reunião de campanha na zona oeste da capital, quando se ouviram tiros. Miguel Uribe foi atingido com dois tiros na cabeça e um na perna.
Miguel Uribe Turbay estava hospitalizada desde então. O seu estado de saúde começou a piorar este sábado, após sofrer uma hemorragia do sistema nervoso central, escreve a ABC espanhola. O homem foi submetido a uma cirurgia, anunciou a Fundação Santa Fé de Bogotá, onde estava internado há dois meses, mas não resistiu.
O governo do Presidente de esquerda, Gustavo Petro, "denunciou categórica e energicamente o ataque" ao senador conservador.
A Procuradoria colombiana disse, na altura, que Uribe foi, alegadamente, atingido por um rapaz de 15 anos, que foi detido no local na posse de uma pistola ligeira Glock (9mm).
"Por detrás da pessoa que se chama Miguel Uribe Turbay, independentemente do seu pensamento e das suas posições políticas, ele é antes de mais uma pessoa, um ser humano, e por isso tem o direito absoluto de viver, e num momento como este, tudo o que fizermos deve ser concentrado em garantir que ele possa continuar a viver e abraçar a sua família e os seus filhos", disse.
Onda de solidariedade após ataque
A tentativa de homicídio de Uribe foi condenada por diversos países da América Latina, organizações e praças diplomáticas, a começar por Washington, onde o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, atribuiu a sua responsabilidade à "violenta retórica de Esquerda" que "emana dos mais altos níveis do governo".
"Esta é uma ameaça Direta à democracia e o resultado de uma retórica violenta de Esquerda que emana dos mais altos níveis do governo colombiano", afirmou o chefe da diplomacia norte-americana num comunicado, em que apelou a Petro, para que "reduza a retórica inflamatória e proteja os representantes públicos da Colômbia".
O embaixador da União Europeia (UE) na Colômbia, Gilles Bertrand, manifestou o "repúdio absoluto" pelo atentado e apelou às autoridades para que identifiquem os autores e mandantes do atentado.
"A violência é o inimigo mortal da democracia", afirmou, expressando "total solidariedade da União Europeia" para com o dirigente político.
A situação gerou também uma enorme onda de apoio, que pode recordar na galeria acima, com vários movimentos a desejarem a rápida recuperação do homem.
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