A Ucrânia teme que a reunião, atualmente agendada sem a participação de Zelensky, possa resultar num acordo que a obrigue a ceder partes do seu território à Rússia.
"A Rússia recusa-se a parar os massacres e, por isso, não deve receber quaisquer recompensas ou vantagens. E esta não é apenas uma posição moral, é uma posição racional", afirmou Zelensky nas redes sociais.
"As concessões não persuadem um assassino", acrescentou, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP), referindo-se a Putin.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE reúnem-se hoje de emergência para se organizarem antes da reunião entre Trump e Putin, entre receios de que qualquer acordo alcançado sem a Ucrânia force compromissos inaceitáveis.
Trump, que prometeu resolver o conflito ucraniano em 24 horas após o regresso à Presidência dos EUA, tem-se mostrado cada vez mais impaciente nas últimas semanas, uma vez que a Rússia intensificou os bombardeamentos contra a Ucrânia nos últimos meses.
O Ministério da Defesa russo reivindicou hoje a responsabilidade pela conquista de uma nova localidade, Fedorivka, na região ucraniana de Donetsk (leste).
Está situada a nordeste de Pokrovsk e Myrnograd, ameaçadas de cerco devido ao avanço constante das tropas russas na região há mais de um mês.
Os serviços de segurança ucranianos (SBU) disseram à AFP que atingiram nas últimas horas uma fábrica que produzia componentes para mísseis de cruzeiro na região russa de Nizhny Novgorod, 400 quilómetros a leste de Moscovo.
O SBU afirmou que pelo menos quatro 'drones' de longo alcance "atingiram a fábrica".
As autoridades russas disseram que três pessoas foram mortas durante os ataques ucranianos contra complexos industriais em Nizhny Novgorod e em Tula, cerca de 190 quilómetros a sul de Moscovo.
A guerra na Ucrânia, desencadeada pela invasão russa do país vizinho em fevereiro de 2022, causou dezenas de milhares de mortos nos dois lados, segundo várias fontes, incluindo a ONU, embora se desconheça o número exato.
O conflito mergulhou a Europa naquela que foi considerada como a maior crise de segurança no continente desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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