Amnistia Internacional: "Exército israelita continua a silenciar vozes"

A Amnistia Internacional condenou hoje veementemente o "assassínio deliberado" de seis jornalistas em Gaza durante a noite de domingo por parte de Israel.

Amnistia Internacional

© ShutterStock

Lusa
11/08/2025 16:40 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Numa declaração, publicada na rede social X, a organização de defesa e promoção dos direitos humanos frisou que não há um conflito na história moderna com um número maior de jornalistas assassinados do que o "genocídio de Israel" contra os palestinianos na Faixa de Gaza.

 

A posição da organização não-governamental (ONG), que tem sede em Londres, surge depois de o exército israelita ter efetuado um "ataque de precisão" na noite de domingo que vitimou Anas al-Sharif e Mohamed Qraiqea, correspondentes da cadeia de televisão qatari Al Jazeera, os fotojornalistas Ibrahim Zaher e Moamen Aliwa, o assistente de fotojornalista Mohamed Nofal e o jornalista Mohamed Al Khalidi, que trabalhava para o meio de comunicação social palestiniano Sahat.

"Anas al-Sharif e os seus colegas têm sido os olhos e a voz de Gaza. Famintos e exaustos, continuaram a informar corajosamente a partir da linha da frente, apesar das ameaças de morte e da imensa dor", acrescentou a Amnistia Internacional na mensagem.

A organização defendeu a realização de uma investigação "independente e imparcial" sobre os assassínios de jornalistas palestinianos, além de "justiça e reparação integral" para as suas famílias.

"Os Estados devem agir urgentemente para pôr fim ao genocídio israelita já", concluiu a Amnistia Internacional.

Também hoje o diretor da agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA, na sigla em inglês), Philippe Lazzarini, mostrou-se "horrorizado" com a morte dos jornalistas e pediu que os repórteres palestinianos sejam protegidos e que a imprensa internacional seja autorizada a entrar no enclave.

"O exército israelita continua a silenciar as vozes que relatam atrocidades a partir de Gaza", lamentou o diretor da UNRWA, numa publicação na rede social X.

Com os seis jornalistas assassinados na noite de domingo, o número de repórteres mortos pela ofensiva israelita, segundo o Governo do enclave, tutelado pelo Hamas, sobe para 238.

Essa lista inclui, além de jornalistas, influenciadores digitais (redes sociais) e outros criadores de conteúdos.

Leia Também: Comité para a Proteção dos Jornalistas denuncia mortes em Gaza

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas