Um jovem de 22 anos morreu devido a um golpe de calor no município de Jaén, no sul de Espanha, numa altura em que o país enfrenta uma onda de calor.
Segundo a estação espanhola Telecinco, que cita o Ministério da Saúde espanhol, o jovem tinha condições de saúde pré-existentes consideradas um fator de risco em período de maior calor.
O Ministério da Saúde não divulgou mais pormenores acerca do incidente, nem quando ocorreu, especificando apenas que os dados recolhidos incluem o período compreendido entre 13 de julho e esta segunda-feira, 11 de agosto.
Sublinhe-se que a região da Andaluzia, onde se situa Jaén, está sob alerta laranja devido ao calor. Há zonas onde os termómetros podem atingir os 43ºC.
Numa altura em que Espanha enfrenta uma onde de calor, o Ministério da Saúde recomendou os cidadãos a não praticarem exercício durante o dia e a evitar a exposição solar. Além disso, devem beber água regularmente e estar especialmente atentos a crianças, doentes e idosos - que representam um risco maior em período de maior calor.
A notícia surge depois de, no sábado, um outro jovem de 25 anos ter ficado em estado grave após sofrer um golpe de calor quando estava no metro de Madrid, capital de Espanha.
O incidente ocorreu em Fuencarral, na estação Herrera Oria. Após sentir-se mal, o jovem foi levado pelo pessoal de segurança para a rua, onde foi assistido pelos serviços de emergência locais.
Segundo um porta-voz das Emergências de Madrid, o jovem estava desorientado e com uma temperatura corporal de 41,9 graus. Após ser estabilizado e entubado, foi transferido com prognóstico grave para uma unidade hospitalar.
Jovem em estado grave após sofrer golpe de calor no metro de Madrid
Os serviços de emergência assistiram o jovem, que apresentava uma temperatura corporal superior a 41 graus, depois de este se ter sentido mal enquanto estava no metro de Madrid. Foi levado para um hospital em estado grave.
Notícias ao Minuto com Lusa | 15:02 - 10/08/2025Sublinhe-se que a onda de calor em Espanha deverá ter provocado mais de mil mortes em julho, avançou, na semana passada, o Ministério da Saúde espanhol, referindo que o número representa um aumento de mais de 50% face ao mesmo período de 2024.
O número exato de 1.060 mortes representa "mais 57% do que no ano passado", informou o ministério nas redes sociais, com base nas estimativas de um sistema chamado 'Momo' (Monitorização da Mortalidade).
Esta ferramenta, gerida pelo Instituto Carlos III, regista diariamente o número de mortes em Espanha e compara com a mortalidade esperada com base em dados históricos.
Em seguida, incorpora fatores externos que podem explicar essa diferença, nomeadamente as altas temperaturas reportadas pela Agência Meteorológica Nacional (Aemet).
O sistema não pode estabelecer causalidade absoluta entre as mortes registadas e as condições meteorológicas, mas os números representam a melhor estimativa do número de mortes cujas causas estão relacionadas com o calor.
Em julho de 2024, o número de pessoas cujas mortes, segundo estes critérios, podiam ser atribuídas ao calor extremo era de 674. Este número aumentou para 1.271 no mês seguinte.
"O Ministério da Saúde está a fazer campanhas sobre as vagas de calor e a importância de nos protegermos (...) porque consideramos que é um dos fatores de risco com maior impacto na mortalidade neste contexto", disse a ministra da Saúde, Monica García, numa entrevista divulgada pela rádio nacional (RNE) na terça-feira.
De acordo com o sistema 'Momo', um total de 1.180 mortes podem ser atribuídas ao calor entre 16 de maio e 13 de julho, um aumento drástico em comparação com o mesmo período de 2024, quando o número de mortos foi de 70, observou o Ministério da Saúde, em comunicado de imprensa.
Aquele país registou, este ano, o junho mais quente de que há registo em Espanha, com uma temperatura média de 23,7°C, segundo a Aemet.
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