Finlândia acusa capitão e dois oficiais de navio de sabotagem

A justiça finlandesa acusou três marinheiros da tripulação do petroleiro 'Eagle S', incluindo o capitão, de participarem na sabotagem de cabos submarinos no mar Báltico no final de 2024, anunciou hoje o Ministério Público.

golfo da finlândia, eagle S

© VESA MOILANEN/Lehtikuva/AFP via Getty Images

Lusa
11/08/2025 12:43 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

Eagle S

"O procurador-geral adjunto apresentou acusações de danos criminais agravados e de obstrução agravada das comunicações contra o capitão, o primeiro-oficial e o segundo oficial do navio-tanque 'Eagle S', registado nas Ilhas Cook", disse o Ministério Público.

 

O navio-tanque é suspeito de ter danificado o cabo elétrico submarino EstLink 2 e quatro cabos de telecomunicações que ligam a Finlândia à Estónia no mar Báltico no dia de natal de 2024, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).

Para o efeito, arrastou a âncora no fundo do mar ao longo de 90 quilómetros.

Durante a investigação preliminar, os três suspeitos negaram ter cometido as infrações de que são acusados, declarou o Ministério Público num comunicado de imprensa.

"Os proprietários dos cabos sofreram pelo menos 60 milhões de euros de prejuízos diretos, só em custos de reparação", segundo o Ministério Público finlandês.

A interrupção dos cabos de transmissão de eletricidade e de telecomunicações "é também suspeita de ter causado um risco grave para o fornecimento de energia e de comunicações na Finlândia, mesmo que os serviços pudessem ser prestados através de ligações alternativas", acrescentou.

De acordo com especialistas e responsáveis políticos, os danos no Mar Báltico, que visam infraestruturas de energia e de comunicações, fazem parte de uma "guerra híbrida" conduzida pela Rússia contra os países ocidentais.

O mar Báltico é uma vasta zona que faz fronteira com vários países membros da NATO e com a Rússia.

O 'Eagle S' é suspeito de fazer parte da "frota fantasma", um termo utilizado para descrever navios acusados de serem utilizados pela Rússia para contornar as sanções ocidentais, transportando o petróleo russo embargado.

A Rússia é alvo de sanções por ter invadido a Ucrânia em fevereiro de 2022.

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