"É um incêndio extremamente complexo, que nos causa grandes problemas do ponto de vista de orografia, falta de acessos", disse aos jornalistas o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, Mário Silvestre, ao fazer o balanço diário dos incêndios rurais em Portugal continental.
Segundo Mário Silvestre, que falava na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, em Oeiras, as equipas de bombeiros "estão a ser a projetadas por helitransporte para o topo da serra [Serra Amarela] para (...) que possam a partir da noite desenvolver o seu trabalho".
"O acesso a essa zona, mesmo apeado, é extremamente difícil", justificou, assinalando que o fogo que começou no concelho de Ponte da Barca, no distrito de Viana do Castelo, é o que "levanta mais preocupações".
Além deste incêndio, que deflagra desde sábado em pleno Parque Nacional da Peneda-Gerês, Mário Silvestre destacou os fogos de Penafiel, Arouca e Cinfães.
Os quatro incêndios mobilizavam às 17:00 de hoje cerca de 1.500 operacionais, mais de 500 viaturas e 11 meios aéreos.
A Proteção Civil contabilizou hoje, até às 17:00, um total de 97 fogos rurais, que se concentraram sobretudo na região Norte.
De acordo com Mário Silvestre, a redução de incêndios durante a noite passada permitiu, em termos do dispositivo de combate, chegar hoje a "uma situação mais bem controlada, mais fácil em termos de gestão", nomeadamente dos meios aéreos, comparativamente a quarta-feira.
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